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LESOES NO AUTOMOBILISMO

29/06/2011 16:32

 

Lesões no Automobilismo

 
Automobilismo
Principais lesões
Durante toda a evolução do automobilismo observamos um aumento crescente das velocidades atingidas. Isso impõe ao piloto um desgaste físico e risco de colisão cada vez maiores.

Durante uma prova o piloto é submetido a temperaturas que podem atingir 60ºC dentro do cockpit, sendo que o equipamento de segurança, impede e perfeita ventilação e troca de calor com o ambiente.

Os Cockpits são projetados para absorver enormes forças de impacto, tanto frontal, quanto lateral e o piloto conta ainda com cintos de segurança, capacete, luvas, sapatilhas, macacão anti-chama, balaclava (capuz anti-chama), tudo para manter a integridade física do atleta do momento de um impacto acidental.

No entanto, lesões podem ocorrer após um acidente. Na Fórmula 1 nas décadas de 60 e 70 , por exemplo, o piloto corria sério risco de morte durante a temporada, sendo comum a ocorrência de óbitos durante a temporada. Hoje com a evolução constante dos componentes, temos a utilização do Titânio, Carbono, Kevlar e Amianto, o que diminui esse risco.

Lesões como fraturas, contusões, contraturas musculares e até desidratação ocorrem em todas as categorias pelo mundo. As lesões de origem muscular, seguidas das fraturas são as mais comuns, sendo as costelas, coluna vertebral e membros inferiores os mais atingidos por fraturas e a região cervical e membros superiores os mais atingidos por contraturas musculares.

A formação de um piloto se dá a partir da mais tenra idade, onde o piloto disputa corridas no Kart. Nessa categoria temos um grande número de fraturas no gradil costal. Isso devido ao formato e pontos de pressão do banco utilizado nos veículos. Até mesmo pilotos já consagrados, quando praticam o Kart têm dores na região costal, o que prova a não relação da experiência do piloto com a exigência de determinado veículo.

No Kart temos um risco ainda maior de trauma, devido o piloto não contar com uma estrutura de proteção do veículo. O piloto fica exposto não só a impactos como também à detritos que podem por ventura serem arremessados por outro Kart.

Em todas as modalidades esportivas observamos lesões. Existem vários graus de comprometimento, levando-se em questão a performance do atleta e o seu empenho durante a execução da modalidade.

No automobilismo, temos vários fatores que colocam o piloto em risco de sofrer lesões. Podemos citar desde a velocidade atingida pelo automóvel até a disputa entre adversários durante a prova. Isso sem contar com a famosa força ?G? (Gravidade), que pode chegar à quatro vezes o seu valor em apenas uma curva ou frenagem. Não nos resta dúvida que um piloto de competição que queira ter um rendimento elevado em relação aos seus adversários, tem de se preparar fisicamente, dando atenção à alimentação, fortalecimento muscular, condicionamento cárdio-respiratório e aspectos psicológicos.

Em caso de acidente as forças de impacto sofridas dentro do cocpit são enormes. Estando o piloto bem protegido pelo equipamento e tendo sua estrutura física fortalecida, as chances de sofrer lesões são atenuadas.

O automobilismo atual tem grande preocupação com a segurança dos pilotos, desenvolvendo equipamentos cada vez mais eficientes. No entanto, condicionamento físico não elimina a chance da existência de lesões no aparelho locomotor.

Em todas as categorias temos acidentes que levam os pilotos à sofrerem traumas lesivos. O Kart, por exemplo, é a categoria detentora de unanimidade em relação à lesões nas costelas. Os pilotos que temos hoje disputando provas desde F1 à Rally, em sua grande maioria iniciaram no Kart. Inclusive, em período de férias, existem provas beneficentes ou de exibição, disputadas com Kart.

No Kart não existe cinto de segurança. O piloto fica posicionado no banco, com o volante restringindo-o da movimentação anterior de tronco. Já o restritor da movimentação lateral de tronco, em curvas, temos apenas o banco.

O banco do Kart é feito em fibra de vidro e tem graduação de tamanhos que vão de pequeno à extra grande. Existem pilotos que optam por moldarem seus bancos ao contorno do corpo. Porém, segundo os especialistas, esta prática não traz benefícios com relação à performance do Kart apesar do conforto. No exterior alguns competidores utilizam bancos feitos de Fibra de Carbono, o que deixa o equipamento caro demais para os padrões brasileiros.




No Kart não temos amortecedores e todas as trepidações ou vibrações provenientes do solo ou motor, são transmitidas diretamente ao banco e conseqüentemente ao corpo do piloto, fazendo com que o gradil costal seja traumatizado repetidas vezes ou em momentos isolados durante a prova.

As fraturas de costelas podem estar associadas à pneumotórax e hemotórax, elevando a gravidade do trauma. A equipe médica deve estar atenta à todas as possíveis lesões, fazendo com que o piloto passe por avaliação rigorosa após a constatação de um trauma, independente de sua magnitude.

Do ponto de vista médico as fraturas de costelas podem ser simples ou múltiplas. No primeiro caso existe comprometimento de um arco costal. Já nas fraturas múltiplas, também chamadas de afundamento torácico, temos a fratura de dois ou mais arcos costais em mais de um local diferente.

Nas fraturas múltiplas observa-se perda da rigidez de parte ou de todo o envoltório ósseo torácico, dando origem à movimentação paradoxal do tórax.

Tanto em fraturas simples, quanto nas fraturas múltiplas pode ocorrer comprometimento de órgãos como fígado, baço e pulmões.

Os enfaixamentos são pouco eficientes devido restringirem a mobilização torácica, predispondo o paciente à infecções pulmonares, além de dificultar o acesso por parte do Fisioterapeuta.

Inicialmente a atenção será dada à diminuição dos sintomas, por meio de analgésicos uma vez que o paciente tem necessidade do padrão respiratório restaurado.

Durante o período em que estará afastado da prática de pilotagem o piloto pode passar por tratamento fisioterapêutico para diminuição dos sintomas dolorosos, controle do processo inflamatório e aumento do potencial de cicatrização da fratura.

O Fisioterapeuta pode lançar mão de recursos como eletroanalgesia (TENS, Correntes Interferenciais), como também aplicações de LASER e Ultra Som
Com aplicações pontuais em local de dor, o LASER auxilia na consolidação óssea da fratura, além de proporcionar diminuição do índice de dor e edema.

O paciente também pode fazer uso de aparelhos portáteis como TENS, aplicando sempre que necessário, independente do local em que se encontra, utilizando parâmetros regulados pelo Fisioterapeuta.

Após aguardar o período de consolidação óssea (verificação radiográfica e liberação médica), podemos iniciar exercícios com a parede torácica, no sentido de recuperarmos a movimentação plena do tórax, além da lateralização de tronco. Durante uma prova, a respiração do piloto pode atingir freqüências elevadas, além da inspiração máxima, justificando e necessidade de trabalho muscular de todo o arcabouço costal.

Com relação à cinesioterapia, os trabalhos podem ser iniciados com exercícios respiratórios, provocando a expansibilidade e retração torácica total, fazendo com que o fluxo respiratório seja restaurado. Na respiração calma a musculatura ativa é o Diafragma, Intercostais internos e externos, Subcostais e Transverso do Tórax. Na manobra de inspiração e expiração forçadas temos a ativação de outros músculos que são os Escalenos, Esternocleidomastoídeo e Quadrado Lombar.

Após obtermos restauração do movimento integral do tórax podemos iniciar a segunda fase de fortalecimento, onde a musculatura dorsal será ativada. Objetivando proteção ao tórax, controle de tronco e de membros superiores durante a competição a musculatura de Grande Dorsal, Serrátil, Redondo Maior e Menor além dos Abdominais será fortalecida.

A volta ao esporte tem de acontecer após a total cicatrização da fratura, o que pode levar de 4 a 12 semanas. No entanto, sabe-se que o intervalo entre uma prova e outra é menor que o ideal, fazendo com que o piloto por várias vezes tenha de competir antes da total recuperação. É de responsabilidade da equipe médica expor ao paciente e sua equipe todos os riscos inerentes à reincidência da lesão.

Como mencionado anteriormente, a fratura de costela pode ocorrer sem que haja um trauma direto na região. Foi o que o piloto da equipe Willians de F1, Mark Webber sofreu no início da temporada de 2005. Ele competiu as duas primeiras provas do ano com lesão em dois arcos costais.

Durante os testes de pré temporada, em Barcelona, a posição dentro do cokpit do FW27 não estava totalmente adequada, levando o arco costal a sofrer pressão acima do tolerado. Ocorreram lesões em duas costelas, sendo na cartilagem de uma e fratura de outra. Isso ocorreu devido à força ?G?.

O piloto da equipe de Frank Willians disse ainda que se não fosse o tratamento de Fisioterapia e analgesia medicamentosa, não seria possível pilotar nas corridas da Austrália a Malásia. (site www.formulanews.com.br)

Torções de joelho no Jiu Jitsu

29/06/2011 16:30

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Torções de joelho no Jiu Jitsu
 

O objetivo principal desta matéria é o esclarecimento sobre as lesões que os atletas de jiu-jitsu podem sofrer, sempre com dicas práticas de como se cuidar e de como tratar adequadamente uma lesão, lembrando SEMPRE que todo tratamento deve ser realizado por um médico e um fisioterapeuta especializados. Falaremos a respeito das lesões de joelho, que são muito freqüentes no atleta de luta, iniciando pela lesão do ligamento cruzado anterior.O ligamento cruzado anterior do joelho é o chamado ligamento do atleta, pois a sua lesão completa praticamente inviabiliza a prática esportiva competitiva. Ele é o principal estabilizador do joelho, e sua lesão ocorre geralmente após uma forte torção do joelho. No jiu-jitsu isto pode ocorrer quando você sofre um chute lateral no joelho enquanto o mesmo está apoiado no chão e discretamente fletido.Nesta situação, o ligamento cruzado anterior é submetido a um forte estresse (e em menor grau o ligamento colateral medial e o menisco medial), rompendo se o limite funcional do ligamento for ultrapassado.Outra forma de se lesar o ligamento é após uma torção, que pode ocorrer em uma queda após algum golpe, estando o corpo apoiado somente em uma perna.O sinal mais evidente de uma lesão do ligamento cruzado anterior é um inchaço no joelho que ocorre logo em seguida da torção (até 1 hora depois). Este inchaço pode ser em decorrência de um sangramento na articulação, que quando presente indica que o ligamento rompeu em cerca de 80% das vezes.Para se diagnosticar corretamente a lesão um exame clínico deve ser realizado - em mais de 90% das vezes o exame com um médico especialista já é suficiente para diagnosticar a lesão. Costumamos solicitar radiografias (para ver se ocorreram ou não fraturas, principalmente em atletas juvenis e competitivos que estão com muita dor) e a ressonância magnética, que é o melhor exame para avaliar a lesão e observar se ocorreram ou não outras lesões (como lesões de menisco e cartilagem, que serão temas das nossas próximas edições).O tratamento das lesões completas do ligamento cruzado anterior em esportistas competitivos é cirúrgico, e devemos de rotina substituir o ligamento lesado por um outro, a partir de tendões do próprio paciente (esta cirurgia é chamada de reconstrução ligamentar). Atualmente a cirurgia pode ser feita por via artroscópica, com pequenas incisões, o que facilita em muito a reabilitação.A fisioterapia é outra regra para os atletas submetidos a cirurgias de reconstrução ligamentar do joelho. Quanto mais específico for o tratamento fisioterápico, melhor será o estado do joelho quando o atleta voltar a lutar.E para aqueles que querem prevenir as lesões de joelho valem aqui algumas dicas:1. Procure realizar de rotina aquecimento antes e dos treinos e lutas2. Evite as sobrecargas de lutas (muitas lutas seguidas), pois hoje se sabe por trabalhos científicos publicados que a fraqueza muscular que pode advir do excesso de lutas é um fator que predispõe torções de joelho.3. Faça um bom trabalho de fortalecimento muscular dos membros inferiores - este é um dos melhores fatores para que o seu joelho fique forte e evite as torções.4. Treine algum tipo de atividade esportiva, que não seja a luta em sí, que contenha deslocamentos do corpo com mudança de direção - se você jogar futebol ou basquete, por exemplo, ou treinar alguns movimentos destes esportes rotineiramente, vai melhorando a parte proprioceptiva do joelho.5. Procure um médico especializado em traumatologia esportiva para uma avaliação detalhada sempre que você tiver dores freqüentes ou sinais de falseio (joelho bambo) após uma torção de joelho

Flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de jiu-jitsu

29/06/2011 16:26

Flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de jiu-jitsu

*Graduado em Educação Física pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), pós-graduando em Ciências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ),faixa preta 1º Dan de Jiu-jitsu.** Graduado em Educação Física pela UFRRJ,pós-graduando em Ciências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ).*** Mestre em Educação Física, Professor do Departamento de Educação Física e Desportos da UFRRJ, Coordenador da pós-graduação emCiências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ).
Israel Souza* isra_sza@ibest.com.br Vladimir Schuindt da Silva** vladimirschuindt@bol.com.brJosé Camilo Camões***(Brasil)



Resumo O Jiu-jitsu é um luta cujo objetivo é forçar a desistência do adversário e para tal se utiliza de arremessos, imobilizações, desequilíbrios, estrangulamentos e chaves aplicadas às articulações do corpo. Um dos princípios do jiu-jitsu é utilizar golpes que constituem alavancas mecânicas e nesse sentido possibilitam que um indivíduo com menor força muscular consiga vencer um adversário mais forte, porém com menor habilidade nas execuções das técnicas. Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de Jiu-jitsu, procurando compreender o comportamento desta qualidade física nos atletas em questão e contribuir, então, para um melhor desenvolvimento da modalidade e dar subsídios aos preparadores físicos para a elaboração do programa de treinamento dos atletas. A flexibilidade pode ser conceituada como uma qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão. Assim a flexibilidade é importante para o atleta melhorar a qualidade do movimento, para realizar habilidades atléticas com grandes amplitudes de movimento e reduzir os riscos de lesões músculo-articulares. Participaram do presente estudo 46 atletas de Jiu-jitsu da região do Grande Rio - RJ, contactados na academia onde praticavam a modalidade, com idade variando de 16 a 39 anos (média de 19 anos), com tempo médio de prática da modalidade de 2,17 anos. Para mensuração da flexibilidade tóraco-lombar e quadril utilizou-se o método linear com o teste de sentar e alcançar. Os dados obtidos foram tratados no pacote estatístico SPSS 10.0 e BioEstat 3.0, utilizando-se a Correlação linear de Pearson entre o tempo de prática e a flexibilidade (r = 0,393 ; p = 0,008) e do Teste t de Student entre atletas iniciantes e avançados (t = -3,504 ; p = 0,001). Os resultados permitem concluir que a prática do Jiu-jitsu propicia o aumento da flexibilidade tóraco-lombar e quadril, mostrando que este pode ser um importante componente no desenvolvimento e na performance de atletas de jiu-jitsu. Sugere-se, entretanto, que novas pesquisas sejam realizadas visando estabelecer a relação entre a flexibilidade e o desempenho competitivo no Jiu-jitsu e, ainda, a determinação de um nível ótimo de flexibilidade que propicie a melhora da performance do atleta. Unitermos: Flexibilidade. Jiu-jitsu. Avaliação física. Rendimento. Abstract The Brazilian Jiujitsu is a fight whose objective is to force the opponent's cessation and for such it is used of throws, immobilizations, unbalances, strangulations and applied keys to the articulations of the body. One of the principle of the Brazilian Jiujitsu is to use blows that constitute mechanical levers and in that sense they make possible that an individual with smaller muscular force gets to win a stronger opponent, however with smaller ability in the executions of the techniques. This papper has for objective to evaluate the trunk-lumbar and hip flexibility in athletes of Brazilian Jiujitsu, trying to understand the behavior of this physical quality in the athletes in subject and to contribute, then, for a better development of the modality and to give subsidies to the physical coaches for the elaboration of the program of the athletes' training. The flexibility can be considered as a responsible physical quality for the voluntary execution of a movement of maximum angular width, for an articulation or group of articulations, inside of the morphologic limits, without the risk of provoking lesion. Like this the flexibility is important for the athlete to improve the quality of the movement, to accomplish athletic abilities with great movement widths and to reduce the risks of lesions you muscle-articulate. Participated in the present study 46 athletes of Brazilian Jiujitsu of the area of Great Rio - RJ, contacted in the academy where they practiced the modality, with age varying from 16 to 39 years (19 year-old average), with mean time of practice of the 2,17 year-old modality. For mensuration of the trunk-lumbar and hip flexibility was used the lineal method with the test of sit and reach. The obtained data were treated in the statistical package SPSS 10.0 and BioEstat 3.0, being used the lineal Correlation of Pearson between the time of practice and the flexibility (r = 0,393; p = 0,008) and of the Test t of Student among athletes beginners and advanced (t = -3,504; p = 0,001). The results allow to conclude that the practice of the Brazilian Jiujitsu propitiates the increase of the trunk-lumbar and hip flexibility, showing that this can be an important component in the development and in the Brazilian Jiujitsu athletes' performance. It suggests her, however, that new researches are accomplished seeking to establish the relationship between the flexibility and the competitive acting in the Jiujitsu and, still, the determination of a great level of flexibility that propitiates the improvement of the athlete's performance. Keywords: Flexibility. Brazilian Jiu-jitsu. Physical Evaluation. Performance. Resumo apresentado em forma de pôster no 19º Congresso Internacional de Educação Física - FIEP/2004 - Foz do Iguaçu/PR.

https://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 82 - Marzo de 2005
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1. Introdução
A exata origem do Jiu-jitsu é duvidosa, no entanto a sistematização do mesmo se deve aos japoneses. Vale ressaltar que no Brasil o Jiu-jitsu adquiriu características peculiares que o diferenciam dos estilos praticados em outros países, sendo, portanto adequado chamá-lo de Jiu-jitsu brasileiro. O seu objetivo é forçar a desistência do adversário e para tal se utiliza de arremessos, imobilizações, desequilíbrios, estrangulamentos e chaves aplicadas às articulações do corpo. Um dos princípios do jiu-jitsu é utilizar golpes que constituem alavancas mecânicas e nesse sentido possibilitam que um indivíduo com menor força muscular consiga vencer um adversário mais forte, porém com menor habilidade nas execuções das técnicas (FRANCHINI, TAKITO, PEREIRA, 2003). Nas competições esportivas os atletas são divididos de acordo com a graduação, a idade e a massa corporal.
Nos últimos anos a literatura científica a respeito do Jiu-jitsu cresceu consideravelmente, procurando descrever as características antropométricas, fisiológicas e psicológicas dos atletas da modalidade, porém estamos longe de alcançar o corpo teórico-científico adquirido por outras modalidades de luta como o Judô e o Wrestling (estilo Greco-romano e Livre).
Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de Jiu-jitsu, procurando compreender o comportamento desta qualidade física nos atletas em questão e contribuir, então, para um melhor desenvolvimento da modalidade e dar subsídios aos preparadores físicos para a elaboração do programa de treinamento dos atletas.
Diversos têm sido os autores que tentam definir o conceito de flexibilidade; WEINECK (1991) denomina flexibilidade como mobilidade, e conceitua essa capacidade física como a característica do esportista conseguir executar movimentos com grande amplitude oscilatória sozinho ou sob a influência de forças externas, em uma ou mais articulações. A flexibilidade pode ser definida como uma qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular, expressa pela máxima amplitude de movimentos necessária para a perfeita execução de qualquer atividade física eletiva, sem que ocorram lesões anátomo-patológicas (ARAÚJO, apud FARINATTI, 2000).
Para SCHMID & ALEJO (2002) a flexibilidade significa ter um bom alcance de movimento em determinada articulação. Adicionalmente, considera-se o componente da coordenação como sendo muito importante para essa capacidade (WEINECK, 1991).
No entanto, o conceito de flexibilidade admitido como satisfatório pelos autores pode ser obtido em DANTAS (1995) que a conceitua como uma qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão.
Para WERLANG (1997) a flexibilidade é uma qualidade física integrante da aptidão física para a saúde e para o auto-rendimento, sendo importante tanto para o atleta como para o sedentário. Podemos considerar também, que alongamento é o tipo de trabalho que visa manter os níveis de flexibilidade adquiridos e flexionamento o tipo de trabalho que visa aumentar os níveis de flexibilidade do indivíduo (DANTAS, 1995).
HARRIS citado por ARAUJO (2000) comenta que a flexibilidade tende a ser específica para um certo movimento e uma dada articulação. Deste modo o indivíduo pode ter uma excelente flexibilidade numa certa articulação e, ao mesmo tempo, ser bastante limitado numa outra articulação.
FOX, BOWERS & FOSS (1991) apresentam como limites estruturais para a flexibilidade (componentes da flexibilidade): o osso; músculo; ligamentos e outras estruturas ligadas à cápsula articular; tendões e outros tecidos conjuntivos; e a pele. Os mesmos autores, baseados nos dados de JOHNS & WRIGHT (1962), colocam a importância relativa dos tecidos moles com relação à limitação da flexibilidade. Embora esses dados tenham sido obtidos de articulações de punho de gatos, são aplicáveis a seres humanos.

Já os fatores influenciadores da flexibilidade são citados por DANTAS (1998) e podem ser agrupados como no quadro abaixo:

Segundo RODRIGUES & CARNAVAL (1985) os objetivos do treinamento da flexibilidade são: melhorar a elasticidade muscular; aumentar a mobilidade articular; melhorar o transporte de energia; aumentar a capacidade mecânica do músculo; permitir um aproveitamento mais econômico da energia mecânica; evitar lesões musculares; reduzir o choque de impacto nos esportes de contato e nas quedas; aumentar a amplitude dos movimentos inerentes à atividade; promover o relaxamento muscular; oferecer a possibilidade e capacidade ao atleta de aperfeiçoar com maior rapidez técnica.
Assim a flexibilidade é importante para o atleta melhorar a qualidade do movimento, para realizar habilidades atléticas com grandes amplitudes de movimento e reduzir os riscos de lesões músculo-articulares (ACHOUR Jr., 1996). Embora a prevenção de lesões seja um ponto controverso, principalmente no que se refere a flexibilidade-estabilidade, a recomendação é que a flexibilidade deve ser treinada sempre conjuntamente com a força.
HOLLMANN & HETTINGER (1989) afirmam que os atletas apresentam maiores níveis de flexibilidade, pois desempenham movimentos também acima da média. Porém, dados recentes de ARAÚJO, PEREIRA & FARINATI (1998) apontam para o fato de que a grande maioria dos atletas de alto nível possui uma flexibilidade global apenas mediana. Tal fato deve-se a especificidade de cada esporte, onde a exigência é de um movimento específico e, portanto, altos níveis de flexibilidade são exigidos em articulações específicas.
O processo de elevação da flexibilidade é gradual, necessita de várias semanas de treinamento, devendo ser utilizado desde o início da preparação (WEINECK, 2000). O treinamento da flexibilidade deve ser constante, pois um período de inatividade fará com que a capacidade de alongamento volte aos valores iniciais (BARBANTI, 1996).
Existem diversos métodos para o trabalho de flexibilidade tais como: Método Ativo ou Flexibilidade Dinâmica - realizado através da execução de exercícios dinâmicos, aproveitando a inércia do segmento corporal em movimento para forçar amplitudes maiores que as normais; Método Passivo ou Flexibilidade Estática - utiliza-se de posturas estáticas, permanecendo por determinado tempo em posição fixa objetiva aumentar a amplitude articular; Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) - Este método utiliza-se da influência recíproca entre o fuso muscular e o órgão neurotendíneo de um músculo e com os do músculo antagonista para obter maiores amplitudes de movimento.
Assim, DANTAS (2003) estrutura os métodos para o trabalho de flexibilidade a serem utilizados num treinamento a longo prazo da seguinte forma:

Deve-se de antemão, analisar quais os movimentos a serem enfatizados no treinamento, além de que mensurações periódicas devem ser realizadas para verificar o progresso do treinamento. Outra consideração a fazer é que existe um nível ótimo de flexibilidade para cada articulação em cada esporte, logo um nível exagerado (demasiadamente alta ou baixa) de flexibilidade pode propiciar lesões por falta de estabilidade ou por resistência ao movimento.
Desta forma fica evidente a relevância do presente estudo ao abordar o tema da flexibilidade em atletas de Jiu-jitsu. A flexibilidade tóraco-lombar e de quadril foi escolhida por ser esta uma das qualidades extremamente exigidas aos atletas de Jiu-jitsu quando na luta de solo, principalmente no trabalho de "guarda".
2. Materiais e métodos
Participaram voluntariamente do presente estudo 46 atletas de Jiu-jitsu do sexo masculino, da região do Grande Rio - RJ, contactados na academia onde praticavam a modalidade, com idade variando de 16 a 39 anos (média de 19 anos), com tempo médio de prática da modalidade de 2,17 anos.
A amostra era constituída de atletas iniciantes a experientes, tendo alguns deles títulos importantes (campeões estaduais, brasileiros e internacionais).
Para mensuração da flexibilidade tóraco-lombar e quadril utilizou-se o método linear com o teste de sentar-e-alcançar, proposto originalmente por WELLS & DILLON, (1952). Neste caso utilizamos a padronização proposta por CARNAVAL (1998) e por ARAUJO (2000), onde se utiliza o banco de Wells e o indivíduo é posicionado sentado com as pernas completamente estendidas e os pés descalços ligeiramente afastados e completamente apoiados contra o banco. Pede-se, então, ao indivíduo para realizar quatro tentativas de flexão do tronco, mantendo os joelhos, cotovelos e punhos em extensão. Na quarta tentativa, o indivíduo deverá manter, por alguns instantes, a posição máxima alcançada com a ponta dos seus quirodáctilos, para que possa ser feita a leitura na régua. Considera-se como zero o ponto de contato dos pés com o anteparo, sendo então possível obter valores negativos e positivos, quando, respectivamente, as pontas dos dedos não chegam a alcançar ou ultrapassam o anteparo. A medida é anotada em centímetros.
Embora diversas críticas tenham sido feitas ao teste de sentar e alcançar, principalmente por medir um conjunto de articulações e não uma única articulação, entendemos que o movimento realizado no teste é satisfatório para a análise da flexibilidade, onde são analisados a flexibilidade de quadril (que pode ser limitada pela musculatura isquiotibial) e tóraco-lombar (limitada pela musculatura dorsal). Atenta-se para uma possível influência no resultado, a flexibilidade ombro. Vale ressaltar que este tem sido o principal meio pelo qual a flexibilidade vem sendo analisada em atletas de Judô (FRANCHINI, 2001).
Os dados obtidos foram analisados com o pacote estatístico SPSS 10.0 e no BioEstat 3.0.
3. Resultados e discussão
Primeiramente foi realizada a análise descritiva da amostra, sendo os resultados apresentados na tabela abaixo:

Em seguida aplicou-se o teste normalidade Shapiro-Wilk aos dados obtidos da mensuração da flexibilidade no banco de Wells. O resultado permite-nos afirmar que os dados estão distribuídos de tal forma que não diferem da Distribuição Normal (W = 0,9383, p = 0,2005). Tal fato possibilita a utilização de teste de hipótese (Teste t de Student). Posteriormente foi utilizado o teste de Correlação Linear de Pearson para avaliar a associação entre o tempo de prática e a flexibilidade mensurada pelo teste de sentar e alcançar. Os resultados podem ser observados na tabela abaixo:

Os resultados revelam uma forte associação entre o tempo de prática e a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril, sugerindo que esta flexibilidade aumente sob a influência do treinamento. Para confirmar tal tendência realizamos o Teste t de Student para amostras independentes entre atletas classificados como iniciantes e avançados. Tal classificação foi realizada utilizando-se a mediana do tempo de prática, assim os atletas situados abaixo da mediana foram classificados como iniciantes e aqueles acima da mediana como avançados. Os resultados estão apresentados na tabela seguinte:

O resultado confirma a expectativa, assim os atletas mais experientes, isto é, com maior tempo de prática, possuem uma maior flexibilidade. Então o tempo de prática influencia na aquisição da flexibilidade tóraco-lombar e de quadril mensurada pelo teste de sentar e alcançar.
Complementarmente, calculou-se a média e o desvio padrão (9,44 + 6,15) e os percentis obtidos pelos atletas classificados como experientes:

Os valores obtidos são similares aos encontrados em judocas belgas de alto nível com menos de 71Kg, em judocas japoneses universitários e em judocas da seleção Brasileira de Judô de 1996 (FRANCHINI, 2001).
4. Conclusão
Os resultados permitem concluir que a prática do Jiu-jitsu propicia o aumento da flexibilidade tóraco-lombar e quadril, mostrando que este pode ser um importante componente no desenvolvimento e na performance de atletas de jiu-jitsu.
Tal conclusão coaduna com SILVA et al (2004) que numa investigação com 28 atletas chegou a conclusões semelhantes, isto é, a existência de uma correlação entre o tempo de prática e a flexibilidade mensurada no banco de Wells, e que o tempo de prática influencia beneficamente a aquisição da flexibilidade tóraco-lombar e quadril.
FRANCHINI (2001) cita um trabalho desenvolvido por VIANA et al. (1984) onde a flexibilidade tronco/quadril era influenciada pela prática do Judô. Infere, também, que a avaliação da flexibilidade a partir do teste de sentar e alcançar é importante para atletas de Judô, uma vez que a flexibilidade de quadril é solicitada em alguns golpes.
No Jiu-jitsu a articulação tóraco-lombar e a de quadril também são constantemente solicitadas, principalmente no trabalho de "solo" e especialmente no trabalho de "guarda" o que nos leva a ressaltar a importância dessa avaliação no desenvolvimento do trabalho de preparação física do atleta, bem como o trabalho da mesma no período de treinamento.
Sugere-se, entretanto, que novas pesquisas sejam realizadas visando estabelecer a relação entre a flexibilidade e o desempenho competitivo no Jiu-jitsu e, ainda, a determinação de um nível ótimo de flexibilidade que propicie a melhora da performance do atleta. Bem como a avaliação da flexibilidade de outras articulações ou conjunto de articulações
Referências bibliográficas
ACHOUR Jr., A. Bases para exercícios de alongamento; Relacionado com a saúde e no desempenho atlético. Londrina: Midiograf, 1996.
ARAÚJO C.G.S, PEREIRA M.I.R., FARINATTI P.T.V. Body flexibility profile from childhood to seniority - data from 1874 male and female subjects. Medicine Science of Sports and Exercises; 30(5 suppl): S115. 1998
ARAUJO, C.G.S. Correlação entre diferentes métodos lineares e adimensionais de avaliação da mobilidade articular. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília v.8 n. 2 p. 25-32, mar 2000.
BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996.
CARNAVAL, P. E. Medidas e Avaliação em Ciências do Esporte. 3 ed. Sprint, Rio de Janeiro, 1998.
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 4 ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998.
DANTAS, E. H. M. Flexibilidade, alongamento e flexionamento. 3a ed. Rio de Janeiro: Shape, 1995.
DANTAS, E. H. M. A Flexibilidade no Treinamento do Atleta de Alto rendimento. Opinião de Especialistas. Site: https://www.personaltraining.com.br/flexibilidade.html. Acessado em mar/2003.
FARINATTI, P. T. V. Flexibilidade e esporte: uma revisão de literatura. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 85-96, jan./jun. 2000
FOX, E.L.; BOWERS, R. W. & FOSS, M. L. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. Guanabara Koogan, 4 ed. Rio de Janeiro, 1991.
FRANCHINI, E. Judô: Desempenho Competitivo. Manole, Barueri, 2001.
FRANCHINI, E.; TAKITO, M. Y.; PEREIRA, J. N. C. Freqüência cardíaca e força de preensão manual durante a luta de jiu-jitsu. Revista Digital EFDEPORTES, Buenos Aires - Año 9 - n. 65 - Out/2003
HOLLMANN, W. & HETTINGER, T. Medicina do Esporte. São Paulo, Manole. 1989
JOHNS, R. & WRIGHT, V. Relative Importance of various tissues in joint stiffness. Journal of Applied Physiology. n. 17, p. 824-828, 1962.
RODRIGUES, C. C. & CARNAVAL, P. E. Musculação: Teoria e Prática. Sprint, Rio de Janeiro, 1983.
SILVA, V. S.; SOUZA, I.; SOUZA, I.; CAMÕES, J. C. Influência da prática do jiu-jitsu na flexibilidade tóraco-lombar e quadril. Fiep Bulletin. Foz do Iguaçu: v.74, p.119 - 119, 2004.
SCHMID, S. & ALEJO, B. Complete Conditions for Soccer. Champaign: Human Kinetics, 2002.
WEINECK, J. Futebol Total: o treinamento físico no futebol. Guarulhos: Phorte, 2000.
WEINECK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: Manole, 1991.
WERLANG, C. (1997) Flexibilidade e sua Relação com o Exercício Físico IN: SILVA, O.J. Exercícios em Situações Especiais I. Florianópolis, Ed. UFSC. p 51-66.
 

HIDRO PILATES

29/06/2011 16:16

 

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HIDROPILATES

 

















Water Pilates, Hidro Pilates ou Acqua Pilates. Este programa adapta criativamente exercícios de Pilates para a piscina. Alonga-se o corpo inteiro com exercícios e condicionamentos originais, construindo um núcleo mais forte (abdominais e região posterior), movendo-se do interior para fora. Desenvolvendo a força e a flexibilidade com fluidez e graça, melhorando a consciência da postura corporal.



O meio aquático é totalmente diferente ao meio terrestre, por isto antes de preparar qualquer programa na água, há que conhecer suas propriedades físicas para elaborar um programa adequado às necessidades do praticante.
Pilates na água trabalha a força de duas maneiras: Primeiro, através da realização de movimentos específicos de "dentro para fora", e segundo, executando todos os movimentos contra a resistência adicional fornecida pela água e sua instabilidades.

A força do núcleo é construído tanto por meio de exercícios específicos, tais como "teaser", "máquinas de lavar roupa" e "duplo joelhos para cima" quanto usando os músculos abdominais como estabilizadores para os movimentos de balanço.
Músculos abdominais e lombares estão sempre em uso para promover a fção devido a grande instabilidade que o meio flúido propicia.
Pilates na água aumenta a flexibilidade de duas maneiras: Primeiro, os próprios movimentos são muitas vezes potencializados, como o alongamento da perna "single" ou "Fly me to the moon." Segundo porque exercício em piscina aquecida aumentam a flexibilidade e amplitude de movimento, devido ao relaxamento muscular e a ação nos proprioceptordes de estencibilidade OTG.
Nem todos os movimentos de Pilates podem ser realziados na água. No entanto, alguns podem ser mais facilmente executados e muitas vezes realizados de forma mais confortável por mais tempo do que em terra. Isso é especialmente benéfico para pessoas com algum distúrbios, sindromes ou patologia músculo-esquelética como osteoartrite e degeneração discal.
Pilates na água ensina como mover o corpo de uma forma integrada. Quando bem executado, o Pilates na água permite ao praticante, explorar sua fluidez e graciosidade de movimentos, aliados a respiração correta.
Pilates na água permite a regressões e progressões, já que a maioria dos movimentos podem ser modificados ou alterados para os praticantes de acordo com seu nível. Se você é um novato ou tem preocupações adicionais devido a lesões, os movimentos podem ser modificados para atender às suas necessidades.
Se você é um atleta experiente ou praticante avançado, os movimentos podem ser variados para fornecer mais desafio, usando profundidades diferentes, diferentes áreas da piscina, equipamentos pequenos como flutuadores específicos, bandas elásticas, barras, rolos, movimentos na água pelos outros praticantes e trabalho em dupla.

Alguns detalhes à saber sobre Pilates na água.
A possibilidade de se trabalhar em apoio de paredes, barras, equipamentos e acessórios, assim como em profundidades diferentes, potencializa o trabalho de estabilização e equilíbrio. Pontos fundamentais na técnica. A temperatura da água pode baixar a temperatura corporal e dificultar a termorregulação, afetando à freqüência cardíaca e a sensação de intensidade durante o exercício. Esteja atento no caos de piscinas sem aquecimento. O peso do corpo é aproximadamente 90% menor na água.
A flutuabilidade reduz a tensão das articulações. No meio aquático se diminui a pressão sobre as vértebras. Existe uma verdadeira libertação do trabalho da musculatura tónica/postural. A pressão hidrostática estimula os mecanismos respiratórios.A ação da gravidade inter-relacionada com o empuxo dependerá da profundidade .Qualquer movimento que se realize na água terá uma resistência a vencer maior do que a do ar. Aproveitaremos esta resistência para a realização de diferentes exercícios em todos os planos de movimento, com a vantagem que o sujeito pode eleger o nível de resistência:
Quanto a mais força realizada maior a resistência oferecida pela água. “A resistência multidimensional facilita o equilíbrio e a paridade nos músculos agonistas/antagonistas” (Fitness aquático, Sanders, M., Rippee N.).Esta resistência também pode ser incrementada com a utilização de materiais e acessórios, objetivando maior velocidade de movimento consequentemente força.
Pilates na água queima em média de 300 calorias por sessão sendo recomendado para quem sofre lesões ou problemas musculares, gestantes, terceira idade e indivíduos que desejem realizar uma atividade física de baixo impacto, mas que lhes garanta bons resultados.

O Pilates.
A criação deste método Pilates está diretamente ligada à vida de seu criador. Asmático e frágil na infância, Hubertus Joseph Pilates trabalhou tanto seu condicionamento físico que, na adolescência, tornou-se ginasta, esquiador, mergulhador, boxeador e artista de circo, chegando até a dar aulas de auto defesa para agentes da Scotland Yard. Em 1914, foi mandado para o exílio em uma ilha da Inglaterra, durante a I Guerra Mundial. Neste período, começou a trabalhar com mutilados usando molas de camas de hospital nas recuperações, fato que o inspiraria mais tarde na criação de seus equipamentos.
Em 1923, Joseph Pilates se mudou para Nova York e abriu o primeiro estúdio de aplicação de seu método de condicionamento físico, que, naquela época, se restringia a 34 exercícios que evoluíram com o passar do tempo, mas mantiveram sempre como foco o fortalecimento, equilíbrio e alongamento do corpo, essenciais ao treinamento.
Entre os principais benefícios desta atividade estão: aumento de flexibilidade, tônus e força muscular, reeducação neuromotora, eficiência respiratória e conseqüente melhora da postura.
Atualmente, seu método tem sido usado em escolas de ginástica e de dança, universidades, centros de reabilitação e até hospitais em várias partes do mundo.
As aulas de Pilates podem ser aplicadas de várias formas, com seus equipamentos e acessórios criados especialmente para atender o método, e podem ser individuais ou em grupo.
O método Pilates baseia-se em seis princípios que envolvem: concentração, respiração, alinhamento, controle de centro, eficiência e fluência do movimento.
Os exercícios do método Pilates são realizados com poucas repetições e alta qualidade de execução, o que possibilita uma prática completa, sincronizando conscientemente corpo e mente.
Princípios Básicos de Exercícios Pilates:
Concentração.
Deve-se prestar atenção aos movimentos que se está realizando. Pense em cada passo que dá e, começará a dar conta ao inter-relacionamento que existe entre os movimentos do corpo. A mente interage em cada movimento. Visualize o passo seguinte, isto fará com que o sistema nervoso eleja a combinação de músculos correta para se fazer o exercício. Quando o corpo e a mente funcionarem em equipe, alcançará um programa de exercício ideal.
Controle.
No método Pilates é muito importante que a mente controle completamente qualquer movimento físico. Em outras palavras, o movimento e a atividade descontrolada produzem um regime de exercícios fortes e contra-produtivos. Alguns programas de exercícios não dão importância a este controle e é por isso que as pessoas se lesionam.
Centramento.
O corpo humano tem um centro físico que emana todos os movimentos. Joseph H. Pilates chama esta zona de “ Central Elétrica”. Essa zona compreende o abdômen, a parte inferior das costas e as nádegas. O método Pilates presta atenção no fortalecimento deste centro. Os músculos que estão relacionados com a central elétrica sujeitam a coluna vertebral, os órgãos internos e a postura que se adota. Praticamente todos os exercícios de Pilates se centram na Central Elétrica com a finalidade de estabilizar o tronco e poder alongar e fortalecer o corpo. O centramento melhora a cintura, reduz o estômago e corrige a postura que se adota com a finalidade de prevenir a dor nas costas, bem como outras enfermidades
Movimento fluido.
Romana Kryzanowska, a única discípula viva de Joseph H. Pilates, define o método Pilates como “um movimento fluido que vai desde um centro forte até as extremidades”. O exercício possibilita que se realize uma grande quantidade de movimentos de uma maneira fluida e controlada. Não se tem que apressar o exercício seguinte em quanto se sente o esforço, devendo evitar os movimentos rígidos e espasmódicos.
Precisão.
A precisão faz par com o segundo princípio, o controle. Pilates dizia: “ Cada vez que faz exercícios, concentre-se nos movimentos corretos, se não os fará mal e não servirá para nada”. Tem que haver coordenação entre todos os movimentos e quando se conhece os passos de cada exercício e não se sente cômodo, se deve tomar o controle do corpo e tentar fazer os movimentos corretos em cada exercício.
Respiração.
Pilates ressalta a importância que tem a pureza do fluxo sanguíneo. Esta pureza se manterá respirando-se corretamente, enquanto se faz os exercícios, ao oxigenar o sangue e eliminar os gases nocivos. Joseph H. Pilates chegou a conclusão de que a melhor técnica respiratória para expulsar o mal e absorver o bom é um inchaço completo dos pulmões mediante uma inalação profunda. Com o tempo poderá coordenar a respiração com os movimentos de cada exercício. Por regra geral, inalará para preparar-se para um movimento e exalará enquanto se executa.

Pontos importantes.
Antes de começar a executar um exercício Pilates existem alguns pontos que são muito importantes de serem observados, tais como:
Relaxamento.
Como o método pilates precisa de controle e concentração, muitos principiantes tendem a permanecer tensos ou rígidos enquanto executam os exercícios. Para evitar esta tendência controladora, temos que relaxar os músculos ao mesmo tempo em que conservamos o tônus necessário para manter a posição do exercício. Um indício de que estamos tencionando os músculos é quando começamos a nos por rígidos e a tremer. Devemos liberar parte da tensão até que se alcance um equilíbrio entre a rigidez e o colapso total.
Central elétrica.
Para Pilates, a parte mais importante do corpo é a zona em que se encontram a parte inferior da caixa torácica e a linha que cruza o quadril, a qual a chama de central elétrica. Na realidade, todos os exercícios fazem com que se trabalhe a central elétrica e se consiga aplainar o abdome e reforçar e desenvolver uniformemente a região lombar.
Levar o umbigo até a coluna.
Isto que dizer que se deve reduzir toda a distância entre o abdome e a coluna vertebral. Apóie as costas em um tapete ou colchonete e respire normalmente, imagine um objeto pesado fazendo pressão no abdome. Force o umbigo até as costas e continue respirando sem permitir que se eleve o abdome. Mantenha o abdome plano, evitando que suba e abaixe as costelas.
Evitar a hiperextensão.
Quando se estende os braços e as pernas, tanto nos exercícios pilates quanto em qualquer outro, começamos a tencionar e bloquear a continuação dos cotovelos e dos joelhos. Isto pode produzir sub-luxação ou hiperextensão, que pode nos causar uma lesão. Assegure-se de alongar as extremidades sem bloqueá-las.
Enrijecer os glúteos.
Há um exercício muito simples que reforça os músculos flácidos dos glúteos (as nádegas) devolvendo sua forma e tônus. Imagine que quando estás trabalhando os exercícios de Pilates tem uma moeda entre as nádegas e a mantenha pressionada.
Rodar as vértebras.
Seja qual exercício esteja fazendo nunca se deve fazer movimentos bruscos e espasmódicos com a coluna vertebral.

A caixa.
É a postura que devemos manter principalmente quando estamos em pé imaginando uma linha reta atravessando toda nossa coluna vertebral e alinhando os ombros com os quadris.
O Water Pilates se torna interessante porque possibilita pessoas que tem dificuldades de movimentação em solo, já que a água e seus princípios auxiliam neste sentido. Torna-se também uma variação do método tradicional com o potencial lúdico que a água possui.

Pilates na água e reabilitação:
Pilates na água têm seus princípios baseados na Cinesiologia e na Biomecânica aliados aos princípios físicos da água, o que proporciona uma execução segura, livre de compensações e sobrecargas indesejadas. Pela característica da técnica de trabalhar globalmenteo o corpo e não ficar restrita ao foco da lesão, ela se aplica tanto na fase aguda da dor, na qual se estabiliza e região lesionada, como na recuperação da musculatura e/ou da articulação afetada na fase da pós-reabiltação. O ambiente e o trabalho oferecido pelo Pilates na água facilitam a intervenção baseada nos princípios de assistência, permitindo que a evolução da reabilitação seja mais rápida.
Além de trabalhar fortalecendo o centro abdominal o Water Pilates pode ser usado em reabilitação e tratamento de algumas patologia, tais como:
- Fibromialgia- Artrose- Artrite- Mal de Parkinson ou Parkisonismo- Acidente vascular cerebral (AVC) de grau moderado e leve- Esclerose múltipla- Hérnia de disco e degenerações discais específicas- Entorses de tornozelo e joelho- Pós-operatório em geral- Pós-fratura consolidada- Escoliose- Hiperlordose - acompanhada ou não de lombalgia ou cervicobraquialgia- Cifose Existem algumas contra indicações tais como:- Alergia a produtos químicos utilizados em piscina - Hipertensão descontrolada- Tímpano perfurado- RadioterapiaAbaixo alguns dos benefícios do Water Pilates:- Elegância de movimento- Controle respiratório- Aumento da auto-estima- Proteção das articulações- Equilíbrio entre corpo e mente- Condicionamento físico- Força- Prevenção de contusões- Consciência corporal- Fortalecimento abdominal- Alinhamento de coluna- Coordenação motora- Aumento da resistência física.- Alongamento e maior controle corporal.- Correção postural.- Aumento da flexibilidade.- Melhora da coordenação motora.- Maior mobilidade das articulações.- Fortalecimento dos órgãos internos.- Estimulação do sistema circulatório e oxigenação do sangue.- Aumento da concentração.- Relaxamento

Pilates na água e Gestante.
Houve uma época em que se acreditava que os exercícios físicos durante a gravidez não eram bons para mãe nem para o bebê, mas nos últimos anos, os médicos encintavam as grávidas a exercitarem-se durante a gravidez e a retomarem os exercícios físicos logo após o nascimento do bebe. Exercícios moderados do Pilates na água durante a gravidez controlam o peso com mais facilidade e diminuem as dores nas costas e outros desconfortos, e também os seguintes benefícios: melhor regulagem de temperatura, diminuição de abortos espontâneo ou outras anomalias, de lesões e melhora de sua auto-imagem.

Quando uma mulher engravida, algumas mudanças ocorrem em seu corpo: O volume de sangue aumenta, assim como o débito cardíaco, e isso significa que ela precisa ter o cuidado de inalar bastante oxigênio durante os exercícios. A pressão sangüínea também sofre transformações durante os vários estágios da gravidez e a mudança na circulação pode causar sudorese, tonturas por mudanças repentinas de movimento, aumento da perda de água do organismo, e aumento de saliva e secreção da vagina.

Há, também, mudanças posturais produzidas pelo aumento dos seios, que levam os ombros para frente e para dentro e arredondam a parte superior das costas; a hiperlordose é outra alteração que pode ocorrer porque o abdômen se expande para frente, forçando uma curva da coluna vertebral. Essas mudanças de postura podem fazer com que a cabeça da gestante se torne inclinada para frente. Qualquer alteração no alinhamento do corpo pode criar desequilíbrio nos músculos e mudança no centro de gravidade da aluna, e toda programação de exercícios deve considerar esses fatores.

Graças as propriedades da água, os exercícios aquáticos podem ser a forma mais saudável, mais confortável e mais segura de exercícios para muitas grávidas. Pilates na água atenua o peso do corpo, ao reduzir o stress sobre músculos e articulações, como também tem o efeito refrescante da água, importante durante a gravidez, quando a temperatura central da mulher é mais alta do que o normal. Ao mesmo tempo, a pressão hidrostática e flutuabilidade proporcionadas pelo ambiente aquático evitam que a aumente freqüência cardíaca das alunas até os níveis que atingiria no solo. A água ainda oferece maior resistência em todos os sentidos e se presta a movimentos mais lentos e mais suaves. A flutuação na água reduz o peso, a sensação de desconforto e promove uma boa auto-imagem. A submersão na água ajuda a prevenir edemas ou o inchaço natural que ocorre na gravidez.

Antes de dar início a aula de Pilates na água para gestantes, o instrutor deve certificar-se de que todas as participantes apresentaram uma aprovação médica. A aluna deve ser informada das atividades física que irá praticar.
Deve-se ter cautela com exercícios de sustentação de peso, e também de alongamento além do limite. O líquido sinovial diminui o que faz necessários aquecimentos mais demorados para lubrificar os ligamentos. Deve-se avaliar e considerar os prós e contras dos equipamentos adicionais de resistência, tais como cintas de borracha ao redor de tornozelos e equipamentos de arrasto o de flutuação. As alunas devem ser acompanhadas com cuidado
Os instrutores devem prestar atenção especial às condições físicas e a aparência das participantes para detectar qualquer sinal de esforço em demasia. Se possível monitorar o batimento cardíaco com relógios que são produzidos com esta finalidade.
Os exercícios benéficos incluem o condicionamento dos músculos superiores das costas e da parte de trás de ombros superiores para contrabalançar o peso dos seios aumentados; fortalecimento do bíceps e tríceps; fortalecimento da região média e inferior das costas para propiciar uma boa postura; fortalecimento abdominal; fortalecimento do assoalho pélvico e técnicas de relaxamento; e alongamento interno e externo da coxa (adutores e abdutores).
A grávida que se exercita na água pode ficar em posição supina, desde que: sinta-se confortável, possa respirar com facilidade e não prenda a respiração. Devido a forca de empuxo da água e da posição do corpo em flutuação supina, o feto não pressiona a veia cava durante o trabalho abdominal dentro da água, como acontece no solo.
Na água o corpo fica mais ou menos em posição vertical para que a gestante possa manter a cabeça erguida, acima da água. Além disso, para contrair o abdome, a pélvis abaixa-se ainda mais, mudando o corpo da posição horizontal e eliminando as forcas gravitacionais que agem no feto. Não é possível manter-se uma posição supina rígida durante o exercício aquático, e, como conseqüência, o exercício abdominal supino não precisa ser eliminado do programa de Hidro/Water Pilates das grávidas.

Exemplo de exercícios de Pilates na água.
Com um flutuador espaguete, comum em academias, tente primeiramente encontrar seu centro de flutuação na posição de flexão de braço. Prestando atenção na postura, mantenha o corpo extremamente alinhado e somente depois inicie a flexão de uma das pernas na expiração e mantenha a outra em extensão. Alterne o movimento após um ciclo de flexão e extensão de perna, juntamente com a respiração. Se necessário utilize dois flutuadores para manter o corpo flutuando.Na mesma posição tente flexionar ambas as pernas e depois a coluna da extremidade inferior para cima como um caracol e tente passar entre o vão que existe entre o espaguete e seus braços e estenda as pernas para frente mudando para a posição de supino (barriga para cima). Tente Fazer o movimento inverso o máximo de vezes que conseguir. Se conseguir.Exercício com apoio na borda da piscina sem flutuadores.Apoie uma das mãos da borda da piscina e os pés no solo com o corpo em um angulo de aproximadamente 45 graus. Aos poucos durante a expiração tente com a força do braço apoiado na borda fazer o corpo flutuar colocando força na cintura (lateral do abdome)o retorno deve ser na inspiração. repita quantas vezes conseguir.
“Um jovem sem flexibilidade é um velho;um velho com flexibilidade é um jovem”. Joseph Pilates
 

Esclerose Múltipla VS Pilates

23/06/2011 01:41

A Esclerose Múltipla (EM) afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio, entre outras.
 


Denomina-se Esclerose pelo fato de, em resultado da doença, se formar um tecido parecido com uma cicatriz, que endurece, formando uma placa em algumas áreas do cérebro e medula espinal. E Múltipla, porque várias áreas dispersas do cérebro e medula espinal são afetadas. Os sintomas podem ser leves ou severos, e aparecem e desaparecem, total ou parcialmente, de maneira imprevisível.



Classicamente podemos considerar a existência de 3 grandes tipos de Esclerose Múltipla:


Esclerose Múltipla Surto/Remissão (Recorrente Remissiva)

A forma mais comum de Esclerose Múltipla em doentes com idade inferior a 40 anos é a Esclerose Múltipla por surtos e remissões, que ocorre em 60% dos casos. Os doentes sofrem "ataques" - também denominados surtos ou exacerbações - seguidos por períodos de remissão com recuperação completa ou quase completa. Chama-se surto a ocorrência aguda de sintomas indicando atingimento do Sistema Nervoso Central, com a duração de pelo menos 24 horas. O tipo de sintomas é muito vasto, porque depende da parte do Sistema Nervoso afetado. Podem ser leves e desaparecerem sem tratamento, mas geralmente é necessário tratar com corticoesteroides injectáveis. Os surtos podem ocorrer separados por semanas, meses, ou mesmo anos, sem acumulação de incapacidade, mas com o passar do tempo podem tornar-se mais numerosos e intensos. Esta forma não é muito debilitante, apesar de os doentes poderem entrar mais tarde numa fase progressiva.

Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva

Este tipo de Esclerose Múltipla resulta da evolução da forma anterior Surto/Remissão, por isso se chama secundariamente progressiva (cerca de 25% de todos os casos). Nesta fase, os doentes continuam a ter surtos mas a recuperação torna-se incompleta, originando uma deterioração progressiva da condição física ao longo do tempo. A continuação da progressão ocorre independentemente dos surtos e a incapacidade global aumenta gradualmente com o tempo, apesar de a velocidade de progressão da doença ser imprevisível.


Esclerose Múltipla Primariamente Progressiva

Os doentes cuja incapacidade se agrava continuamente sem surtos, remissão ou recuperação, sofrem de Esclerose Múltipla primariamente progressiva. Esta forma é comum em doentes que sofreram os seus primeiros sintomas após os 40 anos de idade (cerca de 15% dos doentes com Esclerose Múltipla). É a forma mais incapacitante da doença e mais problemática quanto ao tratamento.

Sintomas

Se existirem lesões no Sistema Nervoso Central, a localização da lesão determina a natureza dos sintomas resultantes. Os sintomas aparecem devido à interrupção da condução dos impulsos nervosos entre o Sistema Nervoso Central e o resto do corpo.

Por exemplo, lesões no cérebro podem provocar:

» Visão dupla;
» Falta de força e de sensibilidade nos membros;
» Falta de controlo dos movimentos finos das mãos: mão "inútil";
» Desequilíbrio;
» Alterações na memória;
» Fadiga;


De lesões da espinal-medula pode resultar, por exemplo:

» Entorpecimento e fraqueza dos membros;
» Perturbações da bexiga;
» Espasticidade;
» Rigidez e sensação de membros pesados; dormência, dores, comichão;
» Dificuldades de locomoção;

 


As lesões do nervo óptico, que estabelece a ligação entre os olhos e o cérebro, provocam com frequência visão turva e perda da percepção das cores.

Qual o tratamento para a Esclerose Múltipla?

O tratamento adequado para a Esclerose Múltipla começa por manter um bom estado de saúde geral, prosseguir uma vida activa, uma alimentação equilibrada, repouso suficiente, de modo a sentir-se bem, mantendo a forma física e psíquica.

É também fundamental um programa de exercícios e ginástica muscular, na medida em que, ajuda os doentes a recuperarem dos surtos e a diminuir a tensão muscular. Exercícios de treino do equilíbrio, podem ajudar os doentes a tornarem-se mais auto-confiantes.

Em virtude da evolução da Esclerose Múltipla ser imprevisível as necessidades e as capacidades variam, assim uma reavaliação médica periódica é fundamental. Os medicamentos são também imprescindíveis, nomeadamente os relaxantes musculares, pois permitem reduzir a tensão dos músculos e melhorar os movimentos.

Para além das consequências e limitações a nível físico, inerentes à doença, são também muitas as psicológicas, para o doente e consequentemente, para o cuidador, depressões e ansiedade são as mais frequentes. O grau de dependência que a Esclerose Múltipla desencadeia, assim como as mudanças comportamentais da doença, são fatores que esgotam bastante os familiares e cuidadores do doente de Esclerose Múltipla, levando muitas vezes a situações de solidão absoluta. De registar que a taxa de divórcios em famílias em que um dos cônjuges é doente é bastante elevada. Neste sentido a psicoterapia individual e de grupo, assim como o aconselhamento, ajudam bastante para enfrentar todas as limitações causadas pela doença.

Exercícios Físicos

O primeiro passo, antes de iniciar qualquer programa com exercícios físicos para pessoas com EM consiste em compreender o quadro clínico do aluno. Nesse aspecto seu médico deve ser consultado. Esse profissional poderá fornecer informações precisas a cerca do estágio de progressão da doença e das especificidades do quadro clínico atual. Poderá ainda indicar dificuldades e limitações fisiológicas peculiares de cada paciente, o que pode ser fundamental para a determinação de um programa adequado de exercícios. O contato com o médico deve ser mantido para que a constante troca de informações possa permitir intervenções coerentes ao longo do tempo.

A segunda etapa a considerar é verificar o histórico de atividades físicas e as principais dificuldades decorrentes de incapacidades. Informações sobre a adaptação de exercícios e preferências do indivíduo por alguma atividade específica são valiosas e devem ser registradas. A prática de uma atividade prazerosa pode influenciar favoravelmente na adesão ao programa.

Por último, destacamos a necessidade de avaliação da função motora. O estabelecimento de parâmetros para avaliação pode ser útil para quantificar a evolução do aluno.

A atenção ao progresso da doença é importante para a orientação de exercícios físicos para pessoas com EM. Se houver exacerbação dos sintomas, deve-se interromper o exercício até que ocorra sua completa remissão. Após o retorno, o programa deve ser revisto e adaptado às condições presentes. Essas orientações geralmente são úteis para pessoas com EM recorrente-remitente. Na presença de indivíduos com tipo progressivo, ou seja, sem remissão da doença, a meta do programa deverá ser de simplesmente reduzir a deterioração física e otimizar as funções remanescentes
.

Cuidados:

Controle da fadiga,
cuidados para evitar o aumento da temperatura corporal (salas climatizadas e hidratação), cuidados com a espasticidade, evitar exercícios com alta velocidade de contração, facil acesso a sanitários, dialogo aberto com o instrutor.

Pilates x Esclerose Múltipla

A técnica colabora na melhora da coordenação das atividades conscientes e inconscientes. Um dos grandes benefícios é a diminuição da fadiga, mal que também afeta os pacientes com EM.

Os exercícios devem seguir uma lógica crescente de funcionalidade onde, para aqueles com maior déficit motor, sugere-se a aplicação de movimentos passivos, como, alongamentos lentos para os principais grupos musculares. A reeducação diafragmática e da musculatura acessória também entra na lista de benefícios.

Para indivíduos com maior nível de força são indicados alongamentos ativos e exercícios de resistência, com ou sem a ação da gravidade e com número de repetições próximo ao nível da fadiga.

Exercícios para melhora do equilíbrio também estão presentes e de maneira geral o Pilates melhora a consciência corporal (uma preciosidade para os portadores de EM que lutam com suas dormências), melhora a postura e também a flexibilidade e mobilidade.

DICA: Antes de iniciar a prática é importante ir ao médico e pedir um encaminhamento que libere a prática da atividade física, este deverá ser entregue ao instrutor para ser anexado a ficha de avaliação do aluno.


Fontes:www.anem.org.pt,
www.efdeportes.com Revista Digital – Buenos Aires.

Condromalácia patelar

23/06/2011 01:37
 
Condromalácia patelar



Condromalácia patelar (também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral, ou "joelho de corredor") consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores.
A condromalácia patelar refere-se ao joelho que foi estruturalmente danificado, enquanto que o termo mais genérico síndrome da dor patelo-femural se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos. Porém, eventualmente, mudanças causadas por reações inflamatórias internas da cartilagem produzem um dano estrutural muito mais difícil de ser tratado.
Classificação
Segundo a classificação descrita por Outerbridge (1961), existem 3 níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem.[1]
GRAUS E CARACTERÍSTICAS
I - amolecimento da cartilagem e edemas
II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm diâmetro
III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm
[editar] Sintomas
Os principais sintomas são: dor profunda no joelho ao subir e descer escadas, ao levantar-se de uma cadeira, ao correr, muitas vezes restringindo atividades físicas. Dores atrás ou ao redor da patela do joelho ocorrem principalmente se joelho é forçado quando flexionado - como ao subir escadas ou agachar-se, por exemplo. Uma ardência ou dor ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, mesmo sem forçá-lo, também é um sintoma comum na condromalácia patelar, além de crepitação e estalos, muitas vezes audíveis. É possível também a presença de derrame intra-articular (edema).
[editar] Causas
A causa exata ainda permanece desconhecida, porém segundo a literatura, acredita-se que esteja ligada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos, que resultam no enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida.
O fator mais comum é o traumatismo, seja por um trauma crônico por fricção crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur - por onde ela passa durante a flexão do joelho - em razão do uso inadequado de aparelhos de ginástica, exercícios em step, agachamentos ou leg press, bem como pela prática inadequada de esportes, com força excessiva aplicada na patela; ou por um trauma distinto, como uma pancada ou choque do joelho sobre um objeto, e lesão aguda da cartilagem femoropatelar, com impedimento da nutrição ideal dessa estrutura devido às rachaduras originadas.
As anomalias biomecânicas, como a super pronação dos pés, também podem resultar em incongruência entre a direção em que a patela é puxada pelo músculo do quadríceps e o formato do sulco patelo-femural por onde ela se desloca.
[editar] Recomendações
Excluir exercícios e esportes de alto impacto (futebol, vôlei, basquete, corrida, ciclismo) ou atividades suspeitas de causarem a lesão. Natação é um bom exercício para manter o condicionamento físico sem afetar o joelho.
Reforçar os músculos fracos, fazendo exercícios leves e de baixo impacto. É especialmente importante reforçar o músculo vasto medial para equilibrar as forças atuantes sobre a patela - fazendo extensão de cada perna separadamente, por exemplo.
É importante avaliar o limite de extensão e flexão do joelho durante os exercícios, para não agravar o quadro. Peça ao profissional para demonstrar. Evite a sobrecarga.
Alongar quadríceps, banda iliotibial (lateral), posterior da coxa, tendões e panturrilha regularmente. Não esquecer de alongar bem antes e depois dos exercícios.
Colocar gelo no joelho após os exercícios.
Evitar subir e descer escadas.
Garantir lugar suficiente para a perna no carro ou no seu lugar de trabalho, evitando manter o joelho flexionado mais de 90 graus por muito tempo.
Manter boa postura e evitar cruzar as pernas por longos períodos.
Quando estiver deitado, não deixar o peso do corpo pressionar ou mover a patela, usando um travesseiro para manter os joelhos levemente separados e as patelas no lugar.
Usar sapatos confortáveis, principalmente durante os exercícios.
Evitar aplicar peso excessivo na articulação afetada, perdendo peso se necessário.
É imprescindível fazer uma avaliação com um reumatologista, um ortopedista, seguido de um fisioterapia ou professor de educação física para receber o tratamento correto.
[editar] Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico mais detalhado é feito, normalmente, através de um exame de Ressonância Magnética e em vários casos é recomendado o uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e até mesmo cirurgia (casos mais graves).
Caso se trate de doença crônica, o tratamento baseia-se apenas na redução da dor. Não há um protocolo rígido de indicação de tratamento. É necessário estudar a forma mais eficaz para cada paciente de acordo com o grau da lesão adquirida, e que, principalmente, não cause dor.
O fortalecimento do quadríceps é primordial, e é preciso também recuperar a potência do membro inferior, executando exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando uma sobrecarga na articulação fêmoro-patelar.[2]
Referências
MACHADO, F. A. e AMORIM, A. A. - Condromalácia patelar: aspectos estruturais, moleculares, morfológicos e biomecânicos
PRANDO, T.G. - Condromalácia patelar: uma intervenção do educador físico
Introdução O objetivo do presente trabalho é desenvolver de forma didática, através de revisão de literatura, a patologia da condromálácia em todos os seus aspectos, definindo-a, descrevendo as suas possíveis causa, além de uma revisão anatomofuncional do Joelho, finalizando com as formas de tratamento e diagnóstico.A condromalácia da patela (antiga rótula) é uma lesão da cartilagem articular deste osso devido ao excesso das forças de cisalhamento ( "atrito" ) entre a patela e a porção distal do fêmur durante ou após esforços repetitivos de flexão do joelho. O sintoma mais comum é a dor atrás da patela, especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas. O cisalhamento se dá devido à ação dos músculos anterior da coxa (o quadríceps) que força a patela contra o fêmur para poder estender a perna no momento da marcha. Tal compressão é maior no início da extensão. A presença de um mau alongamento da musculatura isquiotibial (posterior da coxa) é um agravante do quadro.Algumas pessoas têm predisposição a apresentar este tipo de lesão devido ao que se chama de desalinhamento da patela, ou seja, ao invés da patela percorrer o "trilho" formado pelos côndilos do fêmur na flexão e extensão, ela tende a deslocar-se para os lados ( geralmente para lateral ), aumentando o atrito entre os dois ossos. As mulheres costumam ser mais susceptíveis a tal lesão pois, em geral, possuem o quadril mais largo.É uma síndrome dolorosa na rótula, cada vez mais frequente nos jovens a ponto de estatisticamente serem tão numerosas nos jovens quanto as lesões mais simples nos meniscos. Ela é uma espécie de amolecimento da cartilagem da rótula pelo atrito incorreto contra os côndilos do fêmur. O desalinhamento da rótula e a sua posição mais alta que o normal são fatores predisponentes. Possíveis causasEncurtamento do mecanismo extensor:O mecanismo extensor é composto pêlos ísquios tibiais (semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral). Esses músculos quando apresentam-se em tensão devido ao seu uso excessivo levam a uma diminuição do seu comprimento, com isso, o mesmo tracionará o osso ilíaco posteriormente que causará um reflexo de estiramento da musculatura do quadríceps tracionando a patela mais superior. Com a mesma intensidade que o quadríceps traciona a patela superiormente, o tendão patelar a traciona inferiormente, com isso, teremos duas forças de mesma intensidade, porém, em sentidos opostos aluando sobre a patela e aumentando a sua compressão sob o encaixe femoral.Alterações do ângulo:O aumento do ângulo Q do joelho, que é formado pelo tendão do quadríceps da coxa e o ligamento patelar, leva a um desvio lateral da patela devido a resultante formada pêlos vetores de força vindos da espinha ilíaca ântero-superior e do terço superior da tíbia. Se eu tiver uma diminuição desse ângulo terei um desvio medial da patela, também como resultado da resultante dos dois vetores já citados aumentando a compressão patelo-femoral.Os valores considerados como normais, do ângulo Q são de aproximadamente 12° para os homens e de 15° para as mulheres. Essa diferença de valores se dá pela estrutura da bacia feminina. Ângulos superiores a 20° têm uma incidência mais alta de anormalidades da articulação patelo-femoral, tais como a condromalácia patelar que vem a ser uma conseqüência da instabilidade.Entorse de tornozelo por inversão:Embora em primeiro momento uma entorse de tornozelo por inversão não aparente ter nenhuma relação direta com uma instabilidade fêmuro-patelar se formos analisar todo o mecanismo desta lesão veremos que a relação realmente existe. Em uma entorse de tornozelo por inversão, devido aos movimentos de flexâo-plantar, supinaçâo e adução teremos como conseqüência a anteriorização do tálus e da tíbia que por sua vez também anteriorizam a fíbula. Com a anteriorização da fíbula teremos o tensionamento do músculo bíceps femoral que tem uma de suas inserções na mesma. Este tensionamento causará um reflexo de estiramento na musculatura anterior da coxa (quadríceps) que irá tracionar a patela superiormente aumentando o contato fêmuro-patelar.Enfraquecimento do vasto medial oblíquo:O vasto medial oblíquo é considerado como o estabilizador mediano primário da patela. Uma falta de equilíbrio entre o vasto medial oblíquo e o vasto lateral pode contribuir para a subluxação da patela, A maioria dos autores atribui para este desequilíbrio dinâmico a insuficiência do vasto medial oblíquo.As fibras do vasto medial oblíquo se inserem dentro da rótula a um ângulo de 50 a 55° desde o plano sagital. O vasto medial oblíquo é ativado através da flexão total do joelho e é o único estabilizador dinâmico medial da patela. A insuficiência do vasto medial oblíquo irá contribuir para o arrastamento lateral da patela.Estudos eletromiográficos feitos em pacientes sem dor no joelho mostram que a relação do vasto medial oblíquo com o vasto lateral é de 1:1 e que a atividade do vasto medial oblíquo é tónica por natureza. Em joelhos com dor patelo-femoral a relação vasto medial oblíquo / vasto lateral é menor do que 1:1 e a atividade do vasto medial oblíquo adquire uma natureza fásica. Essa mudança na atividade do vasto medial oblíquo pode ser resultante de uma assimetria localizada no músculo quadríceps. São necessários 20 a 30 ml de líquidos para inibir o vasto medial oblíquo enquanto a 50 e 60 ml de fluído são necessários para inibir a atividade do vasto lateral.Articulação do JoelhoÉ a maior das junturas sinoviais do corpo humano é também uma das mais complexas e discutidas. A complexidade resulta principalmente das numerosas estruturas que dela fazem parte e as controvérsias giram em torno de uma classificação funcional, pois além de permitir os movimentos de uma articulação do tipo gínglimo (flexão e extensão), ela também permite um certo grau de rotação. A articulação do joelho envolve 3 ossos: fêmur, tíbia e patela. Assim, os conditos femorais articulam-se com os da tíbia e a face patelar recebe a patela quando a perna está fletida. Como em todas as articulações do tipo gínglimo, as partes mais resistentes e reforçadas da cápsula articular situam-se nos lados da articulação para impedir os deslocamentos lateral e medial. Por outro lado, para facilitar a flexão, as porções anterior e posterior da cápsula são mais fracas. São estruturas da articulação do joelho: cápsula articular, estruturas extracapsulares, estruturas intracapsulares e membrana sinovial.A cápsula articular é delgada e membranosa posteriormente, enquanto que anteriormente, ela é substituída em grande parte pelo tendão do músculo quadríceps, patela e o ligamento patelar. Ela se insere, posteriormente, em torno das margens das superfícies articulares dos côndilos do fêmur e na linha intercondilar. Na tíbia ela fixa-se não só nas bordas dos côndilos tibiais, mas também nas suas faces anteriores ao longo de linhas oblíquas que se estendem até a tuberosidade da tíbia. Entretanto, a cápsula está ausente entre o tendão do quadríceps e a face anterior do fêmur, permitindo que a membrana sinovial forme uma ampla prega nessa região e constitua a bolsa suprapatelar.Na articulação do joelho, 2 ligamentos são considerados extracapsulares, isto é, estão isolados da cápsula articular. São os ligamentos colaterais tibiais e o fibular. A disposição diferente dos dois ligamentos tem importância nos movimentos de rotação da articulação do joelho.As estruturas intracapsulares do joelho são: meniscos, ligamento transverso e ligamentos cruzados do joelho. O ligamento transverso do joelho une as porções anteriores dos meniscos lateral e medial. A estabilidade da articulação do joelho deve muito a presença dos ligamentos cruzados que impedem os deslocamentos no sentido ântero-posterior. Os dois ligamentos cruzados do joelho estão relativamente esticados em todos os estágios de movimento da articulação, mas o estiramento máximo é alcançado na extensão completa da perna.Existem doze músculos que atuam na articulação ao joelho que são classificados com três grupos:JARRETE > semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral (ISQUIOS TIBIAIS)QUADRÍCEPS > reto femoral, vasto lateral longo, vasto lateral oblíquo, vasto medial longo; vasto medial oblíquo e vasto intermédio.Ainda temos o sartório, grácil, poplíteo, gastrocnêmio e plantar.A patela é um pequeno osso localizado na face anterior do joelho. Ela é composta por uma camada lisa (cartilagem articular) em seu lado inferior que a permite deslizar facilmente. A patela encaixa-se no fêmur num encaixe denominado de encaixe femoral que também é coberto por cartilagem articular. O tendão patelar é uma estrutura grossa que conecta o fundo da patela com o topo da tíbia. Os músculos do quadríceps endireitam o joelho puxando ao tendão patelar pela patela. O vasto medial puxa a patela medialmente e o vasto lateral lateralmente.
Anatomia fisiológica da região anterior do joelho direito, que torna possível a visualização do trilho onde percorre a patela ( entre os côndilos femurais ). A patela foi retirada propositalmente.
Biomecânica do JoelhoA função do mecanismo da articulação patelo-femoral é influenciada vigorosamente por estabilizadores tanto dinâmicos (estruturas contrateis) quanto estáticos (estruturas não contrateis) da articulação. Essa estabilidade se baseia na interação entre a geometria óssea, as contenções ligamentares e retinaculares e os músculos.Um estabilizador dinâmico, o quadríceps, é constituído por 4 músculos, todos inervados pelo nervo femoral. Os 4 músculos são: o vasto lateral, vasto intermédio, vasto medial e reto femoral. O vasto medial possui 2 cabeças; a cabeça longa mais superior e a cabeça oblíqua mais inferior. O VML é descrito como possuindo fibras com uma orientação vertical, desviando-se medial do eixo longitudinal do fêmur em 18°, ao passo que as fibras do VMO são mais horizontais, com um desvio medial em relação ao eixo longitudinal do fêmur de aproximadamente 55°. As fibras do V. L. se desviam lateralmente do eixo longitudinal do fêmur em aproximadamente 12° para as fibras mais centrais e em aproximadamente 40° para as fibras laterais.O alinhamento dos músculos determina sua função na articulação do joelho. O V. L., vasto intermédio, VML e o reto femoral, produzem todos um torque em extensão do joelho.O VMO é incapaz de produzir qualquer extensão do joelho, mas exerce função extrema, importante no sentido de conferir a esta articulação uma contenção dinâmica contra as forças que poderiam deslocar a patela lateralmente.O grupo muscular da pata de ganso e o bíceps femoral também afeiam dinamicamente a estabilidade patelar, pois controlam a R.l. e R. E. da tíbia, que pode influenciar de maneira significativa o deslocamento patelar.Os estabilizadores estáticos da articulação patelo-femoral incluem a parte lateral projetada mais anteriormente do sulco femoral; o retináculo extensor (com os ligamentos patelo-femoral e patelotibial associados), o trato iliotibial, o tendão quadríceps e o patelar. O retináculo lateral e os tratos iliotibiais proporcionam estabilidade contra as forças responsáveis pelo deslocamento medial, ao passo que o retináculo medial e a parte lateral do sulco femoral proporcionam estabilidade contra as forças responsáveis pelo deslocamento lateral. As estruturas passivas de tecidos moles que resistem ao deslocamento medial da patela são mais espessas e mais resistentes do que as estruturas passivas de tecido mole que resistem às forças de deslocamento lateral. O tendão patelar controla as forças que causam o deslocamento inferior da patela.Uma vez que a patela está presa ao tubérculo tibial por intermédio do tendão patelar, a posição no plano transverso (RI e RE) da tíbia parece exercer vigorosa influência sobre o grau de inclinação, de desvio e de rotação da patela. A rotação tibial externa acarreta aumento na inclinação lateral, no desvio lateral e na R. E. da patela, ao passo que ocorre o oposto com a rotação tibial interna.A contração do quadríceps cria uma força dirigida superiormente que é suportada por uma força dirigida inferiormente oriunda do tendão patelar. A resolução dessas duas forças origina um vetor de força resultante dirigido posteriormente que causa compressão da patela com o fêmur.A magnitude desse vetor de força resultante, e portanto da força de compressão, é influenciada pelo ângulo de flexão do joelho e pela força de contração do quadríceps. Para qualquer força constante do quadríceps, à medida que a flexão do joelho aumenta, o mesmo ocorre com o vetor de força resultante, e, portanto, com a força de compressão patelo-femoral. Para qualquer ângulo específico de flexão do joelho superior a 10°, à medida que aumenta a força de contração do quadríceps, o mesmo ocorre com o vetor de força resultante e, juntamente com este, com a força de compressão patelo-femoral. A força de compressão é conhecida como força de Reação da articulação patelo femoral (RAPF). Portanto, a RAPF é influenciada pelo grau de flexão do joelho e pela quantidade de força produzida pela contração do quadríceps. É importante reconhecer que, para ângulos inferiores a 30°, até forças quadríceps bastante significativas não produzem forças de compressão extremas, pois é pequeno o ângulo entre as forças do quadríceps e do tendão patelar. Isso significa que o vetor de força resultante dirigido posteriormente também será pequeno.Durante o exercício de extensão do joelho na posição sentada, a medida que a força do quadríceps aumenta, o mesmo ocorre com a RAPF. Enquanto o joelho está sendo estendido, a patela está se movimentando superiormente no sulco femoral. Portanto, a área de contato entre o fêmur e a patela diminui à medida que a extensão progride. A combinação entre a RAPF cada vez maior e uma área de contato cada vez menor gera estresses de contato muito mais altos na articulação patelofemoral. O estresse de contato máximo alcança um pico com aproximadamente 35° e 40° e, a seguir declina à medida que a extensão prossegue, por causa do ângulo do joelho reduzido. O estresse de contato é influenciado por aumentos ou reações do ângulo Q, que podem produzir uma distribuição irregular da pressão com estresses máximos mais altos em algumas áreas e falta relativa de cargas em outras. O estresse de contato é irrelevante desde aproximadamente 10° até a extensão perna; por causa da perda de contato entre a pateta e o fêmur. Na extensão plena a patela apoia-se sobre o coxim gorduroso supratroclear. Reilly e Marins calcularam a força de compressão criada por uma elevação da perna estendida como sendo 0,5 ver o peso corporal. Essa força de compressão é absorvida entre a patela, o coxim adiposo supratroclear e o fêmur.Ao ficar de pé com o joelho em extensão plena e o centro de gravidade posicionado adiante de Sz, a linha da força de gravidade cai sobre ou imediatamente adiante de eixo da articulação do joelho. Isso significa que, para manter o joelho nessa posição, será necessária para ou nenhuma força do quadríceps. Ao se realizar um agachamento, a linha de força da gravidade cairá atrás do eixo do joelho, acarretando a sua flexão. O maior momento de flexão criado pela gravidade ocorrerá quando a linha de força da gravidade ficar mais afastada do eixo da articulação do joelho. Isto ocorre especialmente quando o fêmur fica paralelo ao solo. Para controlar a flexão do joelho, a força do quadríceps terá que aumentar com o aumento do momento de flexão da gravidade. Assim sendo, durante essa atividade, a força do quadríceps aumenta, enquanto o ângulo de flexão aumenta. Isso acarreta aumento na RAPF. Entretanto, nessa atividade, a medida que a RAPF está aumentando, a área de contato entre o fêmur e a patela também aumenta. Ocorre o inverso ao ser retomada a posição ereta, à medida que o ângulo de flexão do joelho é reduzido, o movimento de flexão da gravidade diminui ( a linha de força da gravidade está sendo desviada na direção do eixo da articulação do joelho), ocorrendo o mesmo com a força do quadríceps. Isto acarreta uma diminuição na força de reação da articulação patelo-femoral.As forças no plano frontal que devem ser equilibradas pelo mecanismo extensor também se originam de outras desenvolvidas pelo quadríceps. Como ocorre com as forças no plano sagital, a contração do VL, do vasto intermédio, do reto femural e do VML produz uma força orientada superiormente que é suportada por uma força dirigida inferiormente do tendão patelar. No plano frontal essas duas oponentes não formam uma linha reta, mas, pelo contrário, formam um ângulo semelhante à angulação fisiológica em valgo entre o fêmur e a tíbia. A decomposição dessas duas forças proporciona outra resultante que é dirigida lateralmente designada de vetor em valgo. Assim sendo quando o VL, o vasto intermédio, o reto femural e o VML se contraem simultaneamente a patela exibe certa tendência para desviar-se lateralmente. Essa tendência para a lateralização é equilibrada dinamicamente pelo VMO com a ajuda das contenções estáticas da porção medial do retináculo extensor. Depois que a patela se encaixa o sulco femural, a parede lateral do sulco também ajudará a resistir o vetor de força resultante dirigido lateralmente.Vários fatores influenciam a magnitude desse vetor em valgo, incluindo a posição do quadril, a extensibilidade das estruturas retinaculares laterais, a competência das estruturas retinaculares mediais, o alinhamento femural e tibial, o derrame da articulação do joelho, a posição e a contração ineficaz ou a fraqueza do VMO. A rotação interna excessiva do quadril durante uma resposta de sobrecarga ( aplanamento do pé) na marcha ou na corrida acarreta um aumento funcional no valgo fisiológico do fêmur e da tíbia. Isso origina um maior vetor em valgo, que faz aumentar a probabilidade de deslocamento lateral da patela. Vários fatores podem contribuir para a rotação interna excessiva do quadril durante a marcha, incluindo a fraqueza do glúteo médio, a resistência do tensor da faseia lata, a fraqueza dos rotadores laterais do quadril e a pronação excessiva do pé.Teste diagnósticoO exame ortopédico aliado a exames radiológicos não tem dificuldade para se firmar um diagnóstico. Como sinal básico, estando o joelho levemente fletido e a coxa relaxada, quando se empurra a rótula lateralmente, aparece uma dor aguda (Teste de compressão da Patela). O exame clínico minucioso é fundamental para um correio diagnóstico e conduta adequada, mais do que qualquer exame complementar a semiologia permiti-nos realizar a maioria dos diagnósticos da vasta patologia do joelho.A confiança do paciente não se ganha com palavras, mas, sobretudo com o toque cuidadoso do terapeuta.> Inspeção estática:Antes de proceder-se o exame regional do joelho devemos avaliar o membro inferior como um todo, iniciando com uma inspeção estática observando o indivíduo de pé e por todos os ângulos.Nesse momento deve-se avaliar a postura dando especial atenção ao alinhamento dos membros. Observar a altura da crista ilíaca para verificar desnivelamento ou báscula, atitudes viciosas como abdução e adução ou flexão.Devemos analisar se existe alinhamento em valgo, varo, flexão da articulação ou recurvado.Ao nível do pé ou tornozelo devemos verificar o apoio plantar observando se existe tendência para pé chato ou cavo, retropé varo ou valgo e o posicionamento do antepé.Todas essas alterações podem interferir na postura do joelho.Devemos ainda procurar por marcas ou cicatrizes.> Inspeção dinâmica:A análise da marcha é um dos pontos de maior importância na inspeção dinâmica. Devemos inicialmente avaliar o andar do indivíduo, se é natural ou apresenta alterações como piora do alinhamento do membro de apoio, claudicações, dificuldade ou assimetrias.Uma das principais alterações é o aumento do varismo, também chamado de flambagem, que significa já haver comprometimento dos ligamentos do joelho.> Inserções ósseas e ligamentos:São palpados os pólos superior e inferior da patela com suas bordas medial e lateral o que é melhor realizado com o paciente deitado, a procura dos pontos dolorosos.A seguir são palpados os côndilos medial e lateral e a tuberosidade anterior da fíbula.Todos os pontos dolorosos são locais de origem e inserção de ligamentos e tendões. São palpados os complexos ligamentares medial e lateral do joelho, os tendões quadriceptal e patelar, os tendões isquiotibiais mediais e pata de ganso (grácil, semimembranoso e sartório) e os laterais.A palpação da região posterior da articulação permite apenas a abordagem das partes moles do cavo poplíteo e do pulso da artéria poplítea.> Femuro-patelar:O exame dessa articulação deve ser sempre dinâmico, pois é nessa situação que as instabilidades manifestam-se.Uma boa maneira de avalia-la é a partir da posição sentada solicitando ao paciente que realize a extensão contra uma resistência manual e observando a trajetória da patela sobre o fêmur que apresenta apenas ligeira tendência a lateralização ao final da extensão. Caso esse movimento seja excessivo ou reproduza os sintomas deve ser considerada sugestiva de instabilidade. A manobra pode sensibilizada através da rotação externa da perna ao mesmo tempo que se opõe resistência a subluxação lateral. A rotação interna diminui essa tend6encia e os sintomas também, exceto nos casos de instabilidade medial, geralmente de origem iatrogênica.> Existem outros testes que podem ser realizados:Condromalácia patelar - Uma das mãos fixadas na superfície inferior da patela e com a outra deslizar os três dedos no centro da patela realizando movimentos circulares.Crepitação - flexo-extensão passiva do joelho com uma das mãos na interlinha e a outra no pé.Lachman - gaveta anterior em 15° de flexão.Mc murray - flexão total de coxofemoral, examinador fixa uma das mãos no joelho e a outra no tornozelo.Apley - realizada em decúbito ventral com joelho em 90° de flexão, aplica-se a compressão axial à perna e realizando rotações variando o grau de flexão para buscar o local da lesão.Compressão patelar - paciente em DD, terapeuta inferioriza a patela do mesmo e solicita uma contração lenta do quadríceps enquanto realiza uma compressão da patela sob a maca.
É possível visualizar a lesão cartilaginosa - condromalácia
Tratamento O tratamento se dá com medicamentos anti-inflamatórios , meios físicos e cinesioterapia e a evolução costuma ser favorável. Inicialmente, o tratamento é conservado, com fortalecimento do músculo quadríceps, principalmente do vasto medial oblíquo. Perda de peso é recomendada para diminuir o estresse sobre a articulação patelofemural. Órteses podem ser benéficas, bem como o uso de medicações antiinflamatórias.Em seguida iniciam-se exercícios de hipertrofia do quadríceps através de exercícios isotônicos assistidos. Outra técnica com excelente resultado, é a RPG (Reeducação Postural Global). Na técnica o paciente é mantido em posturas corretoras que se relacionam com a articulação e as estruturas músculo-esqueléticas envolvidas direta e indiretamente.A reabilitação da disfunção patelo-femoral, após a avaliação abrangente, deverá concentrar-se no recrutamento do vasto medial obliquo, na normalização da mobilidade patelar e no aumento da flexibilidade geral e do controle muscular de toda a extremidade inferior. Não existem exercícios específicos que se tenha revelado capazes de isolas o vasto medial obliquo. A extensão do joelho com rotação tibial interna, a adução do quadril com contração do quadríceps e a rotação externa do quadril com contração do quadríceps foram propostas coma intenção de isolar o VMO, porém não existe nenhuma prova de sua eficácia.Considerando que a dor patelo-femoral é reproduzida tipicamente com atividades que são associadas com maior força de contato patelo-femoral, parece que um programa de exercício deveria ser projetado para aumentar o fortalecimento do quadríceps. Isto é particularmente importante durante a fase aguda da dor quando os seus sintomas são exacerbados.Durante exercícios de cadeia cinética aberta a quantidade de força exigida do quadríceps para estender o joelho aumenta com o movimento de extensão do joelho. Estudos demonstraram que a força do quadríceps aumenta em 60° nos últimos 15° de extensão do joelho, além deste aumento de força também foi constatado que a área de contato patelo-femoral era diminuída. Esta combinação do quadríceps aumentando a força e diminuindo a área de contato durante a extensão do joelho resulta em um maior estresse de contato patelo-femoral comparado com maiores ângulos de flexão do joelho onde a força do quadríceps não é grande mas a área de contato é maior. Já durante exercícios de cadeia cinética fechada a força do quadríceps é relativamente mínima quando o Joelho está estendido.Com tudo que foi descrito conclui-se que o tratamento da dor patelo-femoral é principalmente direcionado ao fortalecimento da musculatura do quadríceps por este ser o mais importante estabilizador da patela.Como a insuficiência do vasto medial oblíquo é vista como uma das principais causas de dor patelo-femoral devemos dar ênfase a este músculo no nosso tratamento.As atividades de fortalecimento em cadeia aberta para o quadríceps são mais seguras de 50° a 90° e de O a 10° ao passo que atividades em cadeia cinética fechada são mais seguras se forem feitas de 0° a 50° porque acima desse valor o contato fêmuro-patelar é muito excessivo.Somente quando o tratamento conservador não obteve resultado, o tratamento cirúrgico é considerado. Alteração do alinhamento da articulação patelofemural pode ser útil na artralgia patelofemural. Liberação do retináculo lateral seguido de um período de reabilitação pode ser útil. Realinhamento distal pode ser necessário para se ter um alinhamento e redução da dor nos casos em que há anormalidade na angulação do joelho. A persistência da dor ou sua reagudização pode requerer a necessidade de uma cirurgia para realinhamento da rótula. Um dos procedimentos mais comuns é a liberação do retináculo lateral na qual este último é seccionado, assim liberando medialmente a patela. Apesar desta técnica cirúrgica ter sido popular no passado, atualmente o procedimento é realizado somente após um exame muito mais minucioso.ConclusãoO tratamento fisioterapêutico baseia-se no fortalecimento da musculatura do quadríceps, bem como de todo o membro inferior. A síndrome dolorosa do joelho se desenvolve de forma silenciosa e gradual e é caracterizada por uma dor difusa na área da patela. A dor é um fator significante desde que ela irá alterar as funções e inibir a atividade muscular. Contudo, os fatores etiológicos necessitam de um maior esclarecimento, já que se demonstram pouco controverso, para que de forma mais segura e eficaz, possa se desenvolver um programa de reabilitação individualizado capaz de reverter o quadro patológico. Entretanto inúmeros estudos já estão em desenvolvimento para tal propósito.Bibliografia* DANGELO & FATTINI. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 2º edição, São Paulo: Atheneu, 2002.* DOWNIE, A. P. Fisioterapia em Ortopedia e reumatologia. São Paulo: Manole, 1987.* KISNER, C. Exercícios terapêuticos. São Paulo: Artmed, 1998.* RASCH & BURKE. Cinesiologia e anatomia aplicada. 5º edição:Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1977.* ROBINS SL. Patologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1986.* XARDES, Y. Manual de Cinesiologia. São Paulo: Medsi, 1985.* www.fisioweb.com.br* www.fisionet.com.br* www.fisioterapia.com.br

 

Fisioterapeutas apresentam uma combinação de competência legal e formação profissional

23/06/2011 01:36

Fisioterapeutas apresentam uma combinação de competência legal e formação profissional

 
Fisioterapeutas apresentam uma combinação de competência legal e formação profissional
De forma ainda bastante tímida, mas progressiva, o número de fisioterapeutas que vem atuando na área de podoposturologia vem crescendo. O mercado é promissor. É uma forma de tratamento individualizado, personalizado e sem as barreiras impostas por convênios.

A abordagem do fisioterapeuta é relativamente bastante simples. O fisioterapeuta realiza uma avaliação postural. Nesta avaliação são observadas algumas variáveis posturais pré determinadas. Atualmente no Brasil é utilizado na avaliação um Protocolo denominado de CNT. O protocolo observa de forma prioritária três variáveis: c) simetria ou assimetria no comprimento dos membros superiores; n) o nivel ou desnivelamento das cristas dos ossos ilíacos e t) a simetria ou assimetria de tensão da musculatura paravertebral nos níveis da região lombar e cervical.

Em seguida, com a avaliação realizada e de posse de dados, o fisioterapeuta prescreve a palmilha. Elas podem ser do tipo basica, conforto ou esportiva. As do tipo básica são destinadas para a correção postural sem que o indivíduo apresente patologias relacionadas com os pés. A do tipo conforto são mais indicadas quando o indivíduo apresenta patologias nos pés. A esportiva tem uma função mais de propiciar características relacionadas com absorção de impacto e propulsão na marcha.

Finalmente o fisioterapeuta confecciona a palmilha. Este tratamento exige um acompanhamento bimestral. Denominado de manutenção do tratamento postural.

Liberacao Miofacial

22/06/2011 11:40

 

 

LIBERAÇÃO MIO FASCIAL

 
LIBERAÇÃO MIO FASCIAL

A Fáscia é um tecido conjuntivo extremamente resistente que se espalha através do corpo, da cabeça aos pés sem interrupção. Desde as células e as artérias, aos músculos, ossos, órgãos, etc., tudo está envolvido pela fáscia.
A Libertação Miofascial é uma técnica especializada de alongamento usada para liberar tensão e realinhar o corpo. A palavra miofascial é derivada da palavra latina “myo”, que significa músculo e “fascia” tecido.
Má postura, inflamação ou um trauma, seja ele físico ou emocional, podem ocasionar um enfraquecimento da fáscia, resultando em uma pressão excessiva sobre os nervos, músculos, vasos sangüíneos, estruturas ósseas e/ou órgãos. Possivelmente uma porcentagem grande de pessoas que sofrem com dor ou restrição de movimentos em alguns membros, possam estar tendo problemas de fáscia, porém, na sua maioria não são diagnosticados dessa forma.

1. Como os tecidos se tornam tensos.

Postura ruim, lesões físicas e várias doenças podem desalinhar o corpo e causar uma complexa teia de fascias do corpo a tornarem-se restringidas. Quando fibras musculares estão lesionadas, a fascia que cerca os músculos torna-se curta e tensa. Esta quantidade desigual de pressão sobre a fascia pode se vincular aos tecidos subjacentes que causam aderência e cicatrizes. Ao longo do tempo, estas aderências podem limitar a variedade de movimento dentro de uma articulação e causar dor e dormência através do corpo.



2. Como liberar a compressão dos tecidos.

O alongamento suave utilizado na libertação miofascial pode fragmentar a cicatriz por suavizar, expandir e realinhar a fascia. Liberar as contraturas do tecido restaurará, por fim, o equilíbrio do corpo aliviando a dor e melhorando a circulação sanguínea.

Treinamento Funcional- Core

22/06/2011 11:37

 

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Treinamento Funcional – O centro corporal: O CORE! (parte I)

 
Treinamento Funcional – O centro corporal: O CORE! (parte I)
Por admin em 30/12/2009 | Comentários 0

O cento corporal, chamado também de CORE, está localizado no complexo quadril-lombar-pelve, coluna torácica e cervical. É onde se localiza o centro de gravidade do corpo e todos os movimentos se iniciam.

É necessário um Core eficiente para manter o equilíbrio muscular apropriado através de toda cadeia cinética. São 29 músculos que se inserem no complexo quadril-lombar-pelve e são divididos em 2 (duas) categorias: sistema de estabilização e sistema de movimento.


SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO: UNIDADE INTERNA

A Unidade Interna se tornou um termo para descrever a ação conjunta funcional entre o TVA (Transverso Abdominal) e as fibras posteriores dos abdominais oblíquos internos, assoalho pélvico, multífidus, e porções lombares dos longissimus dorsais e iliocostais, assim como o diafragma.

Pesquisas mostraram que a Unidade Interna está sob controle neurológico separado dos outros músculos do CORE. Isto explica o porquê dos exercícios focados em músculos como Reto Abdominal, Oblíquo Externo e Psoas, os mesmos treinados nos programas tradicionais de condicionamento abdominal praticados em academias no mundo todo, eram pouco efetivos em estabilizar a coluna e reduzir a dores nas costas crônicas. (CHECK, 2005)

Para se atingir os níveis de controle reflexo automático da Unidade Interna, é necessário um treinamento específico de isolamento, para se aumentar o controle sensorial-motor. E uma vez estabelecido, a ativação da Unidade Interna deverá ser programada para todos os padrões de movimento usados comumente pelo executante. O não condicionamento da Unidade Interna em um alto nível de especificidade normalmente resulta em lesão na coluna vertebral devido à instabilidade.

Exercitando os grandes músculos (Reto Abdominal e Oblíquo externo), estes não provem o fortalecimento correto para os pequenos músculos, como multifidus, TVA e assoalho pélvico. Já estes, quando trabalhados corretamente, criam o aumento necessário da estabilidade articular, e, conseqüentemente, para a coluna, pélvis e caixa torácica, oferecendo plataforma estável para os grandes músculos.

De certa forma, se os grandes músculos (Unidade Externa) se tornam fortalecidos e encurtados, a delicada relação entre a Unidade Interna e a Unidade Externa se desequilibra. Este quadro pode ser melhor compreendido através do modelo do navio pirata.


O mastro do navio pirata é feito de vértebras que são mantidas unidas (enrijecidas) pelos pequenos cabos que ligam-se entre si, assim como o multifidus (membro da Unidade Interna) faz na coluna vertebral humana. Como os grandes cabos (representando a Unidade Externa) são essenciais para manter o mastro do navio em pé (nossa coluna vertebral), eles nunca seriam capazes de realizar essa tarefa efetivamente se os pequenos estabilizadores segmentais (pequenos cabos = Unidade Interna) falharem em sua função.

Quando a Unidade Interna está funcionando corretamente, as lesões não são freqüentes, mesmo sob altas cargas, como, por exemplo, empurrar um carro, colisão num jogo ou levantamento de pesos pesados na academia.

Por outro lado, quando não está funcionando corretamente, a ativação dos grandes músculos não será diferente de um vento forte batendo contra o mastro de um navio com cabos soltos, concluindo que qualquer sistema só é forte quando a sua parte mais fraca também se tornar forte.

Referências:

.: CHECK, P “Scientific Core Condition” (2005)





.: Fabiano malheiros , Especialista em Ciência do Treinamento Desportivo (UNICAMP).

.: Certificado pelo C.H.E.K. Institute (CA-EUA) “Scientific CORE Conditioning”

.: Trabalha na aplicação de Treinamento Funcional há mais de 6 anos em atletas amadores e clientes de Personal Trainer.

.: www.fabianomalheiros.com.br

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22/06/2011 05:05

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