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LESOES NO AUTOMOBILISMO
29/06/2011 16:32
Lesões no Automobilismo
Principais lesões
Durante toda a evolução do automobilismo observamos um aumento crescente das velocidades atingidas. Isso impõe ao piloto um desgaste físico e risco de colisão cada vez maiores.
Durante uma prova o piloto é submetido a temperaturas que podem atingir 60ºC dentro do cockpit, sendo que o equipamento de segurança, impede e perfeita ventilação e troca de calor com o ambiente.
Os Cockpits são projetados para absorver enormes forças de impacto, tanto frontal, quanto lateral e o piloto conta ainda com cintos de segurança, capacete, luvas, sapatilhas, macacão anti-chama, balaclava (capuz anti-chama), tudo para manter a integridade física do atleta do momento de um impacto acidental.
No entanto, lesões podem ocorrer após um acidente. Na Fórmula 1 nas décadas de 60 e 70 , por exemplo, o piloto corria sério risco de morte durante a temporada, sendo comum a ocorrência de óbitos durante a temporada. Hoje com a evolução constante dos componentes, temos a utilização do Titânio, Carbono, Kevlar e Amianto, o que diminui esse risco.
Lesões como fraturas, contusões, contraturas musculares e até desidratação ocorrem em todas as categorias pelo mundo. As lesões de origem muscular, seguidas das fraturas são as mais comuns, sendo as costelas, coluna vertebral e membros inferiores os mais atingidos por fraturas e a região cervical e membros superiores os mais atingidos por contraturas musculares.
A formação de um piloto se dá a partir da mais tenra idade, onde o piloto disputa corridas no Kart. Nessa categoria temos um grande número de fraturas no gradil costal. Isso devido ao formato e pontos de pressão do banco utilizado nos veículos. Até mesmo pilotos já consagrados, quando praticam o Kart têm dores na região costal, o que prova a não relação da experiência do piloto com a exigência de determinado veículo.
No Kart temos um risco ainda maior de trauma, devido o piloto não contar com uma estrutura de proteção do veículo. O piloto fica exposto não só a impactos como também à detritos que podem por ventura serem arremessados por outro Kart.
Em todas as modalidades esportivas observamos lesões. Existem vários graus de comprometimento, levando-se em questão a performance do atleta e o seu empenho durante a execução da modalidade.
No automobilismo, temos vários fatores que colocam o piloto em risco de sofrer lesões. Podemos citar desde a velocidade atingida pelo automóvel até a disputa entre adversários durante a prova. Isso sem contar com a famosa força ?G? (Gravidade), que pode chegar à quatro vezes o seu valor em apenas uma curva ou frenagem. Não nos resta dúvida que um piloto de competição que queira ter um rendimento elevado em relação aos seus adversários, tem de se preparar fisicamente, dando atenção à alimentação, fortalecimento muscular, condicionamento cárdio-respiratório e aspectos psicológicos.
Em caso de acidente as forças de impacto sofridas dentro do cocpit são enormes. Estando o piloto bem protegido pelo equipamento e tendo sua estrutura física fortalecida, as chances de sofrer lesões são atenuadas.
O automobilismo atual tem grande preocupação com a segurança dos pilotos, desenvolvendo equipamentos cada vez mais eficientes. No entanto, condicionamento físico não elimina a chance da existência de lesões no aparelho locomotor.
Em todas as categorias temos acidentes que levam os pilotos à sofrerem traumas lesivos. O Kart, por exemplo, é a categoria detentora de unanimidade em relação à lesões nas costelas. Os pilotos que temos hoje disputando provas desde F1 à Rally, em sua grande maioria iniciaram no Kart. Inclusive, em período de férias, existem provas beneficentes ou de exibição, disputadas com Kart.
No Kart não existe cinto de segurança. O piloto fica posicionado no banco, com o volante restringindo-o da movimentação anterior de tronco. Já o restritor da movimentação lateral de tronco, em curvas, temos apenas o banco.
O banco do Kart é feito em fibra de vidro e tem graduação de tamanhos que vão de pequeno à extra grande. Existem pilotos que optam por moldarem seus bancos ao contorno do corpo. Porém, segundo os especialistas, esta prática não traz benefícios com relação à performance do Kart apesar do conforto. No exterior alguns competidores utilizam bancos feitos de Fibra de Carbono, o que deixa o equipamento caro demais para os padrões brasileiros.
No Kart não temos amortecedores e todas as trepidações ou vibrações provenientes do solo ou motor, são transmitidas diretamente ao banco e conseqüentemente ao corpo do piloto, fazendo com que o gradil costal seja traumatizado repetidas vezes ou em momentos isolados durante a prova.
As fraturas de costelas podem estar associadas à pneumotórax e hemotórax, elevando a gravidade do trauma. A equipe médica deve estar atenta à todas as possíveis lesões, fazendo com que o piloto passe por avaliação rigorosa após a constatação de um trauma, independente de sua magnitude.
Do ponto de vista médico as fraturas de costelas podem ser simples ou múltiplas. No primeiro caso existe comprometimento de um arco costal. Já nas fraturas múltiplas, também chamadas de afundamento torácico, temos a fratura de dois ou mais arcos costais em mais de um local diferente.
Nas fraturas múltiplas observa-se perda da rigidez de parte ou de todo o envoltório ósseo torácico, dando origem à movimentação paradoxal do tórax.
Tanto em fraturas simples, quanto nas fraturas múltiplas pode ocorrer comprometimento de órgãos como fígado, baço e pulmões.
Os enfaixamentos são pouco eficientes devido restringirem a mobilização torácica, predispondo o paciente à infecções pulmonares, além de dificultar o acesso por parte do Fisioterapeuta.
Inicialmente a atenção será dada à diminuição dos sintomas, por meio de analgésicos uma vez que o paciente tem necessidade do padrão respiratório restaurado.
Durante o período em que estará afastado da prática de pilotagem o piloto pode passar por tratamento fisioterapêutico para diminuição dos sintomas dolorosos, controle do processo inflamatório e aumento do potencial de cicatrização da fratura.
O Fisioterapeuta pode lançar mão de recursos como eletroanalgesia (TENS, Correntes Interferenciais), como também aplicações de LASER e Ultra Som
Com aplicações pontuais em local de dor, o LASER auxilia na consolidação óssea da fratura, além de proporcionar diminuição do índice de dor e edema.
O paciente também pode fazer uso de aparelhos portáteis como TENS, aplicando sempre que necessário, independente do local em que se encontra, utilizando parâmetros regulados pelo Fisioterapeuta.
Após aguardar o período de consolidação óssea (verificação radiográfica e liberação médica), podemos iniciar exercícios com a parede torácica, no sentido de recuperarmos a movimentação plena do tórax, além da lateralização de tronco. Durante uma prova, a respiração do piloto pode atingir freqüências elevadas, além da inspiração máxima, justificando e necessidade de trabalho muscular de todo o arcabouço costal.
Com relação à cinesioterapia, os trabalhos podem ser iniciados com exercícios respiratórios, provocando a expansibilidade e retração torácica total, fazendo com que o fluxo respiratório seja restaurado. Na respiração calma a musculatura ativa é o Diafragma, Intercostais internos e externos, Subcostais e Transverso do Tórax. Na manobra de inspiração e expiração forçadas temos a ativação de outros músculos que são os Escalenos, Esternocleidomastoídeo e Quadrado Lombar.
Após obtermos restauração do movimento integral do tórax podemos iniciar a segunda fase de fortalecimento, onde a musculatura dorsal será ativada. Objetivando proteção ao tórax, controle de tronco e de membros superiores durante a competição a musculatura de Grande Dorsal, Serrátil, Redondo Maior e Menor além dos Abdominais será fortalecida.
A volta ao esporte tem de acontecer após a total cicatrização da fratura, o que pode levar de 4 a 12 semanas. No entanto, sabe-se que o intervalo entre uma prova e outra é menor que o ideal, fazendo com que o piloto por várias vezes tenha de competir antes da total recuperação. É de responsabilidade da equipe médica expor ao paciente e sua equipe todos os riscos inerentes à reincidência da lesão.
Como mencionado anteriormente, a fratura de costela pode ocorrer sem que haja um trauma direto na região. Foi o que o piloto da equipe Willians de F1, Mark Webber sofreu no início da temporada de 2005. Ele competiu as duas primeiras provas do ano com lesão em dois arcos costais.
Durante os testes de pré temporada, em Barcelona, a posição dentro do cokpit do FW27 não estava totalmente adequada, levando o arco costal a sofrer pressão acima do tolerado. Ocorreram lesões em duas costelas, sendo na cartilagem de uma e fratura de outra. Isso ocorreu devido à força ?G?.
O piloto da equipe de Frank Willians disse ainda que se não fosse o tratamento de Fisioterapia e analgesia medicamentosa, não seria possível pilotar nas corridas da Austrália a Malásia. (site www.formulanews.com.br)
Torções de joelho no Jiu Jitsu
29/06/2011 16:30Link daqui
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Flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de jiu-jitsu
29/06/2011 16:26Flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de jiu-jitsu
*Graduado em Educação Física pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), pós-graduando em Ciências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ),faixa preta 1º Dan de Jiu-jitsu.** Graduado em Educação Física pela UFRRJ,pós-graduando em Ciências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ).*** Mestre em Educação Física, Professor do Departamento de Educação Física e Desportos da UFRRJ, Coordenador da pós-graduação emCiências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ).
Israel Souza* isra_sza@ibest.com.br Vladimir Schuindt da Silva** vladimirschuindt@bol.com.brJosé Camilo Camões***(Brasil)
Resumo O Jiu-jitsu é um luta cujo objetivo é forçar a desistência do adversário e para tal se utiliza de arremessos, imobilizações, desequilíbrios, estrangulamentos e chaves aplicadas às articulações do corpo. Um dos princípios do jiu-jitsu é utilizar golpes que constituem alavancas mecânicas e nesse sentido possibilitam que um indivíduo com menor força muscular consiga vencer um adversário mais forte, porém com menor habilidade nas execuções das técnicas. Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de Jiu-jitsu, procurando compreender o comportamento desta qualidade física nos atletas em questão e contribuir, então, para um melhor desenvolvimento da modalidade e dar subsídios aos preparadores físicos para a elaboração do programa de treinamento dos atletas. A flexibilidade pode ser conceituada como uma qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão. Assim a flexibilidade é importante para o atleta melhorar a qualidade do movimento, para realizar habilidades atléticas com grandes amplitudes de movimento e reduzir os riscos de lesões músculo-articulares. Participaram do presente estudo 46 atletas de Jiu-jitsu da região do Grande Rio - RJ, contactados na academia onde praticavam a modalidade, com idade variando de 16 a 39 anos (média de 19 anos), com tempo médio de prática da modalidade de 2,17 anos. Para mensuração da flexibilidade tóraco-lombar e quadril utilizou-se o método linear com o teste de sentar e alcançar. Os dados obtidos foram tratados no pacote estatístico SPSS 10.0 e BioEstat 3.0, utilizando-se a Correlação linear de Pearson entre o tempo de prática e a flexibilidade (r = 0,393 ; p = 0,008) e do Teste t de Student entre atletas iniciantes e avançados (t = -3,504 ; p = 0,001). Os resultados permitem concluir que a prática do Jiu-jitsu propicia o aumento da flexibilidade tóraco-lombar e quadril, mostrando que este pode ser um importante componente no desenvolvimento e na performance de atletas de jiu-jitsu. Sugere-se, entretanto, que novas pesquisas sejam realizadas visando estabelecer a relação entre a flexibilidade e o desempenho competitivo no Jiu-jitsu e, ainda, a determinação de um nível ótimo de flexibilidade que propicie a melhora da performance do atleta. Unitermos: Flexibilidade. Jiu-jitsu. Avaliação física. Rendimento. Abstract The Brazilian Jiujitsu is a fight whose objective is to force the opponent's cessation and for such it is used of throws, immobilizations, unbalances, strangulations and applied keys to the articulations of the body. One of the principle of the Brazilian Jiujitsu is to use blows that constitute mechanical levers and in that sense they make possible that an individual with smaller muscular force gets to win a stronger opponent, however with smaller ability in the executions of the techniques. This papper has for objective to evaluate the trunk-lumbar and hip flexibility in athletes of Brazilian Jiujitsu, trying to understand the behavior of this physical quality in the athletes in subject and to contribute, then, for a better development of the modality and to give subsidies to the physical coaches for the elaboration of the program of the athletes' training. The flexibility can be considered as a responsible physical quality for the voluntary execution of a movement of maximum angular width, for an articulation or group of articulations, inside of the morphologic limits, without the risk of provoking lesion. Like this the flexibility is important for the athlete to improve the quality of the movement, to accomplish athletic abilities with great movement widths and to reduce the risks of lesions you muscle-articulate. Participated in the present study 46 athletes of Brazilian Jiujitsu of the area of Great Rio - RJ, contacted in the academy where they practiced the modality, with age varying from 16 to 39 years (19 year-old average), with mean time of practice of the 2,17 year-old modality. For mensuration of the trunk-lumbar and hip flexibility was used the lineal method with the test of sit and reach. The obtained data were treated in the statistical package SPSS 10.0 and BioEstat 3.0, being used the lineal Correlation of Pearson between the time of practice and the flexibility (r = 0,393; p = 0,008) and of the Test t of Student among athletes beginners and advanced (t = -3,504; p = 0,001). The results allow to conclude that the practice of the Brazilian Jiujitsu propitiates the increase of the trunk-lumbar and hip flexibility, showing that this can be an important component in the development and in the Brazilian Jiujitsu athletes' performance. It suggests her, however, that new researches are accomplished seeking to establish the relationship between the flexibility and the competitive acting in the Jiujitsu and, still, the determination of a great level of flexibility that propitiates the improvement of the athlete's performance. Keywords: Flexibility. Brazilian Jiu-jitsu. Physical Evaluation. Performance. Resumo apresentado em forma de pôster no 19º Congresso Internacional de Educação Física - FIEP/2004 - Foz do Iguaçu/PR.
https://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 82 - Marzo de 2005
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1. Introdução
A exata origem do Jiu-jitsu é duvidosa, no entanto a sistematização do mesmo se deve aos japoneses. Vale ressaltar que no Brasil o Jiu-jitsu adquiriu características peculiares que o diferenciam dos estilos praticados em outros países, sendo, portanto adequado chamá-lo de Jiu-jitsu brasileiro. O seu objetivo é forçar a desistência do adversário e para tal se utiliza de arremessos, imobilizações, desequilíbrios, estrangulamentos e chaves aplicadas às articulações do corpo. Um dos princípios do jiu-jitsu é utilizar golpes que constituem alavancas mecânicas e nesse sentido possibilitam que um indivíduo com menor força muscular consiga vencer um adversário mais forte, porém com menor habilidade nas execuções das técnicas (FRANCHINI, TAKITO, PEREIRA, 2003). Nas competições esportivas os atletas são divididos de acordo com a graduação, a idade e a massa corporal.
Nos últimos anos a literatura científica a respeito do Jiu-jitsu cresceu consideravelmente, procurando descrever as características antropométricas, fisiológicas e psicológicas dos atletas da modalidade, porém estamos longe de alcançar o corpo teórico-científico adquirido por outras modalidades de luta como o Judô e o Wrestling (estilo Greco-romano e Livre).
Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de Jiu-jitsu, procurando compreender o comportamento desta qualidade física nos atletas em questão e contribuir, então, para um melhor desenvolvimento da modalidade e dar subsídios aos preparadores físicos para a elaboração do programa de treinamento dos atletas.
Diversos têm sido os autores que tentam definir o conceito de flexibilidade; WEINECK (1991) denomina flexibilidade como mobilidade, e conceitua essa capacidade física como a característica do esportista conseguir executar movimentos com grande amplitude oscilatória sozinho ou sob a influência de forças externas, em uma ou mais articulações. A flexibilidade pode ser definida como uma qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular, expressa pela máxima amplitude de movimentos necessária para a perfeita execução de qualquer atividade física eletiva, sem que ocorram lesões anátomo-patológicas (ARAÚJO, apud FARINATTI, 2000).
Para SCHMID & ALEJO (2002) a flexibilidade significa ter um bom alcance de movimento em determinada articulação. Adicionalmente, considera-se o componente da coordenação como sendo muito importante para essa capacidade (WEINECK, 1991).
No entanto, o conceito de flexibilidade admitido como satisfatório pelos autores pode ser obtido em DANTAS (1995) que a conceitua como uma qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão.
Para WERLANG (1997) a flexibilidade é uma qualidade física integrante da aptidão física para a saúde e para o auto-rendimento, sendo importante tanto para o atleta como para o sedentário. Podemos considerar também, que alongamento é o tipo de trabalho que visa manter os níveis de flexibilidade adquiridos e flexionamento o tipo de trabalho que visa aumentar os níveis de flexibilidade do indivíduo (DANTAS, 1995).
HARRIS citado por ARAUJO (2000) comenta que a flexibilidade tende a ser específica para um certo movimento e uma dada articulação. Deste modo o indivíduo pode ter uma excelente flexibilidade numa certa articulação e, ao mesmo tempo, ser bastante limitado numa outra articulação.
FOX, BOWERS & FOSS (1991) apresentam como limites estruturais para a flexibilidade (componentes da flexibilidade): o osso; músculo; ligamentos e outras estruturas ligadas à cápsula articular; tendões e outros tecidos conjuntivos; e a pele. Os mesmos autores, baseados nos dados de JOHNS & WRIGHT (1962), colocam a importância relativa dos tecidos moles com relação à limitação da flexibilidade. Embora esses dados tenham sido obtidos de articulações de punho de gatos, são aplicáveis a seres humanos.
Já os fatores influenciadores da flexibilidade são citados por DANTAS (1998) e podem ser agrupados como no quadro abaixo:
Segundo RODRIGUES & CARNAVAL (1985) os objetivos do treinamento da flexibilidade são: melhorar a elasticidade muscular; aumentar a mobilidade articular; melhorar o transporte de energia; aumentar a capacidade mecânica do músculo; permitir um aproveitamento mais econômico da energia mecânica; evitar lesões musculares; reduzir o choque de impacto nos esportes de contato e nas quedas; aumentar a amplitude dos movimentos inerentes à atividade; promover o relaxamento muscular; oferecer a possibilidade e capacidade ao atleta de aperfeiçoar com maior rapidez técnica.
Assim a flexibilidade é importante para o atleta melhorar a qualidade do movimento, para realizar habilidades atléticas com grandes amplitudes de movimento e reduzir os riscos de lesões músculo-articulares (ACHOUR Jr., 1996). Embora a prevenção de lesões seja um ponto controverso, principalmente no que se refere a flexibilidade-estabilidade, a recomendação é que a flexibilidade deve ser treinada sempre conjuntamente com a força.
HOLLMANN & HETTINGER (1989) afirmam que os atletas apresentam maiores níveis de flexibilidade, pois desempenham movimentos também acima da média. Porém, dados recentes de ARAÚJO, PEREIRA & FARINATI (1998) apontam para o fato de que a grande maioria dos atletas de alto nível possui uma flexibilidade global apenas mediana. Tal fato deve-se a especificidade de cada esporte, onde a exigência é de um movimento específico e, portanto, altos níveis de flexibilidade são exigidos em articulações específicas.
O processo de elevação da flexibilidade é gradual, necessita de várias semanas de treinamento, devendo ser utilizado desde o início da preparação (WEINECK, 2000). O treinamento da flexibilidade deve ser constante, pois um período de inatividade fará com que a capacidade de alongamento volte aos valores iniciais (BARBANTI, 1996).
Existem diversos métodos para o trabalho de flexibilidade tais como: Método Ativo ou Flexibilidade Dinâmica - realizado através da execução de exercícios dinâmicos, aproveitando a inércia do segmento corporal em movimento para forçar amplitudes maiores que as normais; Método Passivo ou Flexibilidade Estática - utiliza-se de posturas estáticas, permanecendo por determinado tempo em posição fixa objetiva aumentar a amplitude articular; Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) - Este método utiliza-se da influência recíproca entre o fuso muscular e o órgão neurotendíneo de um músculo e com os do músculo antagonista para obter maiores amplitudes de movimento.
Assim, DANTAS (2003) estrutura os métodos para o trabalho de flexibilidade a serem utilizados num treinamento a longo prazo da seguinte forma:
Deve-se de antemão, analisar quais os movimentos a serem enfatizados no treinamento, além de que mensurações periódicas devem ser realizadas para verificar o progresso do treinamento. Outra consideração a fazer é que existe um nível ótimo de flexibilidade para cada articulação em cada esporte, logo um nível exagerado (demasiadamente alta ou baixa) de flexibilidade pode propiciar lesões por falta de estabilidade ou por resistência ao movimento.
Desta forma fica evidente a relevância do presente estudo ao abordar o tema da flexibilidade em atletas de Jiu-jitsu. A flexibilidade tóraco-lombar e de quadril foi escolhida por ser esta uma das qualidades extremamente exigidas aos atletas de Jiu-jitsu quando na luta de solo, principalmente no trabalho de "guarda".
2. Materiais e métodos
Participaram voluntariamente do presente estudo 46 atletas de Jiu-jitsu do sexo masculino, da região do Grande Rio - RJ, contactados na academia onde praticavam a modalidade, com idade variando de 16 a 39 anos (média de 19 anos), com tempo médio de prática da modalidade de 2,17 anos.
A amostra era constituída de atletas iniciantes a experientes, tendo alguns deles títulos importantes (campeões estaduais, brasileiros e internacionais).
Para mensuração da flexibilidade tóraco-lombar e quadril utilizou-se o método linear com o teste de sentar-e-alcançar, proposto originalmente por WELLS & DILLON, (1952). Neste caso utilizamos a padronização proposta por CARNAVAL (1998) e por ARAUJO (2000), onde se utiliza o banco de Wells e o indivíduo é posicionado sentado com as pernas completamente estendidas e os pés descalços ligeiramente afastados e completamente apoiados contra o banco. Pede-se, então, ao indivíduo para realizar quatro tentativas de flexão do tronco, mantendo os joelhos, cotovelos e punhos em extensão. Na quarta tentativa, o indivíduo deverá manter, por alguns instantes, a posição máxima alcançada com a ponta dos seus quirodáctilos, para que possa ser feita a leitura na régua. Considera-se como zero o ponto de contato dos pés com o anteparo, sendo então possível obter valores negativos e positivos, quando, respectivamente, as pontas dos dedos não chegam a alcançar ou ultrapassam o anteparo. A medida é anotada em centímetros.
Embora diversas críticas tenham sido feitas ao teste de sentar e alcançar, principalmente por medir um conjunto de articulações e não uma única articulação, entendemos que o movimento realizado no teste é satisfatório para a análise da flexibilidade, onde são analisados a flexibilidade de quadril (que pode ser limitada pela musculatura isquiotibial) e tóraco-lombar (limitada pela musculatura dorsal). Atenta-se para uma possível influência no resultado, a flexibilidade ombro. Vale ressaltar que este tem sido o principal meio pelo qual a flexibilidade vem sendo analisada em atletas de Judô (FRANCHINI, 2001).
Os dados obtidos foram analisados com o pacote estatístico SPSS 10.0 e no BioEstat 3.0.
3. Resultados e discussão
Primeiramente foi realizada a análise descritiva da amostra, sendo os resultados apresentados na tabela abaixo:
Em seguida aplicou-se o teste normalidade Shapiro-Wilk aos dados obtidos da mensuração da flexibilidade no banco de Wells. O resultado permite-nos afirmar que os dados estão distribuídos de tal forma que não diferem da Distribuição Normal (W = 0,9383, p = 0,2005). Tal fato possibilita a utilização de teste de hipótese (Teste t de Student). Posteriormente foi utilizado o teste de Correlação Linear de Pearson para avaliar a associação entre o tempo de prática e a flexibilidade mensurada pelo teste de sentar e alcançar. Os resultados podem ser observados na tabela abaixo:
Os resultados revelam uma forte associação entre o tempo de prática e a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril, sugerindo que esta flexibilidade aumente sob a influência do treinamento. Para confirmar tal tendência realizamos o Teste t de Student para amostras independentes entre atletas classificados como iniciantes e avançados. Tal classificação foi realizada utilizando-se a mediana do tempo de prática, assim os atletas situados abaixo da mediana foram classificados como iniciantes e aqueles acima da mediana como avançados. Os resultados estão apresentados na tabela seguinte:
O resultado confirma a expectativa, assim os atletas mais experientes, isto é, com maior tempo de prática, possuem uma maior flexibilidade. Então o tempo de prática influencia na aquisição da flexibilidade tóraco-lombar e de quadril mensurada pelo teste de sentar e alcançar.
Complementarmente, calculou-se a média e o desvio padrão (9,44 + 6,15) e os percentis obtidos pelos atletas classificados como experientes:
Os valores obtidos são similares aos encontrados em judocas belgas de alto nível com menos de 71Kg, em judocas japoneses universitários e em judocas da seleção Brasileira de Judô de 1996 (FRANCHINI, 2001).
4. Conclusão
Os resultados permitem concluir que a prática do Jiu-jitsu propicia o aumento da flexibilidade tóraco-lombar e quadril, mostrando que este pode ser um importante componente no desenvolvimento e na performance de atletas de jiu-jitsu.
Tal conclusão coaduna com SILVA et al (2004) que numa investigação com 28 atletas chegou a conclusões semelhantes, isto é, a existência de uma correlação entre o tempo de prática e a flexibilidade mensurada no banco de Wells, e que o tempo de prática influencia beneficamente a aquisição da flexibilidade tóraco-lombar e quadril.
FRANCHINI (2001) cita um trabalho desenvolvido por VIANA et al. (1984) onde a flexibilidade tronco/quadril era influenciada pela prática do Judô. Infere, também, que a avaliação da flexibilidade a partir do teste de sentar e alcançar é importante para atletas de Judô, uma vez que a flexibilidade de quadril é solicitada em alguns golpes.
No Jiu-jitsu a articulação tóraco-lombar e a de quadril também são constantemente solicitadas, principalmente no trabalho de "solo" e especialmente no trabalho de "guarda" o que nos leva a ressaltar a importância dessa avaliação no desenvolvimento do trabalho de preparação física do atleta, bem como o trabalho da mesma no período de treinamento.
Sugere-se, entretanto, que novas pesquisas sejam realizadas visando estabelecer a relação entre a flexibilidade e o desempenho competitivo no Jiu-jitsu e, ainda, a determinação de um nível ótimo de flexibilidade que propicie a melhora da performance do atleta. Bem como a avaliação da flexibilidade de outras articulações ou conjunto de articulações
Referências bibliográficas
ACHOUR Jr., A. Bases para exercícios de alongamento; Relacionado com a saúde e no desempenho atlético. Londrina: Midiograf, 1996.
ARAÚJO C.G.S, PEREIRA M.I.R., FARINATTI P.T.V. Body flexibility profile from childhood to seniority - data from 1874 male and female subjects. Medicine Science of Sports and Exercises; 30(5 suppl): S115. 1998
ARAUJO, C.G.S. Correlação entre diferentes métodos lineares e adimensionais de avaliação da mobilidade articular. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília v.8 n. 2 p. 25-32, mar 2000.
BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996.
CARNAVAL, P. E. Medidas e Avaliação em Ciências do Esporte. 3 ed. Sprint, Rio de Janeiro, 1998.
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 4 ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998.
DANTAS, E. H. M. Flexibilidade, alongamento e flexionamento. 3a ed. Rio de Janeiro: Shape, 1995.
DANTAS, E. H. M. A Flexibilidade no Treinamento do Atleta de Alto rendimento. Opinião de Especialistas. Site: https://www.personaltraining.com.br/flexibilidade.html. Acessado em mar/2003.
FARINATTI, P. T. V. Flexibilidade e esporte: uma revisão de literatura. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 85-96, jan./jun. 2000
FOX, E.L.; BOWERS, R. W. & FOSS, M. L. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. Guanabara Koogan, 4 ed. Rio de Janeiro, 1991.
FRANCHINI, E. Judô: Desempenho Competitivo. Manole, Barueri, 2001.
FRANCHINI, E.; TAKITO, M. Y.; PEREIRA, J. N. C. Freqüência cardíaca e força de preensão manual durante a luta de jiu-jitsu. Revista Digital EFDEPORTES, Buenos Aires - Año 9 - n. 65 - Out/2003
HOLLMANN, W. & HETTINGER, T. Medicina do Esporte. São Paulo, Manole. 1989
JOHNS, R. & WRIGHT, V. Relative Importance of various tissues in joint stiffness. Journal of Applied Physiology. n. 17, p. 824-828, 1962.
RODRIGUES, C. C. & CARNAVAL, P. E. Musculação: Teoria e Prática. Sprint, Rio de Janeiro, 1983.
SILVA, V. S.; SOUZA, I.; SOUZA, I.; CAMÕES, J. C. Influência da prática do jiu-jitsu na flexibilidade tóraco-lombar e quadril. Fiep Bulletin. Foz do Iguaçu: v.74, p.119 - 119, 2004.
SCHMID, S. & ALEJO, B. Complete Conditions for Soccer. Champaign: Human Kinetics, 2002.
WEINECK, J. Futebol Total: o treinamento físico no futebol. Guarulhos: Phorte, 2000.
WEINECK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: Manole, 1991.
WERLANG, C. (1997) Flexibilidade e sua Relação com o Exercício Físico IN: SILVA, O.J. Exercícios em Situações Especiais I. Florianópolis, Ed. UFSC. p 51-66.
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29/06/2011 16:16Esclerose Múltipla VS Pilates
23/06/2011 01:41A Esclerose Múltipla (EM) afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio, entre outras.
Denomina-se Esclerose pelo fato de, em resultado da doença, se formar um tecido parecido com uma cicatriz, que endurece, formando uma placa em algumas áreas do cérebro e medula espinal. E Múltipla, porque várias áreas dispersas do cérebro e medula espinal são afetadas. Os sintomas podem ser leves ou severos, e aparecem e desaparecem, total ou parcialmente, de maneira imprevisível.
Classicamente podemos considerar a existência de 3 grandes tipos de Esclerose Múltipla:
Esclerose Múltipla Surto/Remissão (Recorrente Remissiva)
A forma mais comum de Esclerose Múltipla em doentes com idade inferior a 40 anos é a Esclerose Múltipla por surtos e remissões, que ocorre em 60% dos casos. Os doentes sofrem "ataques" - também denominados surtos ou exacerbações - seguidos por períodos de remissão com recuperação completa ou quase completa. Chama-se surto a ocorrência aguda de sintomas indicando atingimento do Sistema Nervoso Central, com a duração de pelo menos 24 horas. O tipo de sintomas é muito vasto, porque depende da parte do Sistema Nervoso afetado. Podem ser leves e desaparecerem sem tratamento, mas geralmente é necessário tratar com corticoesteroides injectáveis. Os surtos podem ocorrer separados por semanas, meses, ou mesmo anos, sem acumulação de incapacidade, mas com o passar do tempo podem tornar-se mais numerosos e intensos. Esta forma não é muito debilitante, apesar de os doentes poderem entrar mais tarde numa fase progressiva.
Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva
Este tipo de Esclerose Múltipla resulta da evolução da forma anterior Surto/Remissão, por isso se chama secundariamente progressiva (cerca de 25% de todos os casos). Nesta fase, os doentes continuam a ter surtos mas a recuperação torna-se incompleta, originando uma deterioração progressiva da condição física ao longo do tempo. A continuação da progressão ocorre independentemente dos surtos e a incapacidade global aumenta gradualmente com o tempo, apesar de a velocidade de progressão da doença ser imprevisível.
Esclerose Múltipla Primariamente Progressiva
Os doentes cuja incapacidade se agrava continuamente sem surtos, remissão ou recuperação, sofrem de Esclerose Múltipla primariamente progressiva. Esta forma é comum em doentes que sofreram os seus primeiros sintomas após os 40 anos de idade (cerca de 15% dos doentes com Esclerose Múltipla). É a forma mais incapacitante da doença e mais problemática quanto ao tratamento.
Sintomas
Se existirem lesões no Sistema Nervoso Central, a localização da lesão determina a natureza dos sintomas resultantes. Os sintomas aparecem devido à interrupção da condução dos impulsos nervosos entre o Sistema Nervoso Central e o resto do corpo.
Por exemplo, lesões no cérebro podem provocar:
| » | Visão dupla; |
| » | Falta de força e de sensibilidade nos membros; |
| » | Falta de controlo dos movimentos finos das mãos: mão "inútil"; |
| » | Desequilíbrio; |
| » | Alterações na memória; |
| » | Fadiga; |
De lesões da espinal-medula pode resultar, por exemplo:
| » | Entorpecimento e fraqueza dos membros; |
| » | Perturbações da bexiga; |
| » | Espasticidade; |
| » | Rigidez e sensação de membros pesados; dormência, dores, comichão; |
| » | Dificuldades de locomoção; |
As lesões do nervo óptico, que estabelece a ligação entre os olhos e o cérebro, provocam com frequência visão turva e perda da percepção das cores.
O tratamento adequado para a Esclerose Múltipla começa por manter um bom estado de saúde geral, prosseguir uma vida activa, uma alimentação equilibrada, repouso suficiente, de modo a sentir-se bem, mantendo a forma física e psíquica.
É também fundamental um programa de exercícios e ginástica muscular, na medida em que, ajuda os doentes a recuperarem dos surtos e a diminuir a tensão muscular. Exercícios de treino do equilíbrio, podem ajudar os doentes a tornarem-se mais auto-confiantes.
Em virtude da evolução da Esclerose Múltipla ser imprevisível as necessidades e as capacidades variam, assim uma reavaliação médica periódica é fundamental. Os medicamentos são também imprescindíveis, nomeadamente os relaxantes musculares, pois permitem reduzir a tensão dos músculos e melhorar os movimentos.
Para além das consequências e limitações a nível físico, inerentes à doença, são também muitas as psicológicas, para o doente e consequentemente, para o cuidador, depressões e ansiedade são as mais frequentes. O grau de dependência que a Esclerose Múltipla desencadeia, assim como as mudanças comportamentais da doença, são fatores que esgotam bastante os familiares e cuidadores do doente de Esclerose Múltipla, levando muitas vezes a situações de solidão absoluta. De registar que a taxa de divórcios em famílias em que um dos cônjuges é doente é bastante elevada. Neste sentido a psicoterapia individual e de grupo, assim como o aconselhamento, ajudam bastante para enfrentar todas as limitações causadas pela doença.
Exercícios Físicos
O primeiro passo, antes de iniciar qualquer programa com exercícios físicos para pessoas com EM consiste em compreender o quadro clínico do aluno. Nesse aspecto seu médico deve ser consultado. Esse profissional poderá fornecer informações precisas a cerca do estágio de progressão da doença e das especificidades do quadro clínico atual. Poderá ainda indicar dificuldades e limitações fisiológicas peculiares de cada paciente, o que pode ser fundamental para a determinação de um programa adequado de exercícios. O contato com o médico deve ser mantido para que a constante troca de informações possa permitir intervenções coerentes ao longo do tempo.
A segunda etapa a considerar é verificar o histórico de atividades físicas e as principais dificuldades decorrentes de incapacidades. Informações sobre a adaptação de exercícios e preferências do indivíduo por alguma atividade específica são valiosas e devem ser registradas. A prática de uma atividade prazerosa pode influenciar favoravelmente na adesão ao programa.
Por último, destacamos a necessidade de avaliação da função motora. O estabelecimento de parâmetros para avaliação pode ser útil para quantificar a evolução do aluno.A atenção ao progresso da doença é importante para a orientação de exercícios físicos para pessoas com EM. Se houver exacerbação dos sintomas, deve-se interromper o exercício até que ocorra sua completa remissão. Após o retorno, o programa deve ser revisto e adaptado às condições presentes. Essas orientações geralmente são úteis para pessoas com EM recorrente-remitente. Na presença de indivíduos com tipo progressivo, ou seja, sem remissão da doença, a meta do programa deverá ser de simplesmente reduzir a deterioração física e otimizar as funções remanescentes.
Cuidados:
Controle da fadiga, cuidados para evitar o aumento da temperatura corporal (salas climatizadas e hidratação), cuidados com a espasticidade, evitar exercícios com alta velocidade de contração, facil acesso a sanitários, dialogo aberto com o instrutor.
Pilates x Esclerose Múltipla
A técnica colabora na melhora da coordenação das atividades conscientes e inconscientes. Um dos grandes benefícios é a diminuição da fadiga, mal que também afeta os pacientes com EM.
Os exercícios devem seguir uma lógica crescente de funcionalidade onde, para aqueles com maior déficit motor, sugere-se a aplicação de movimentos passivos, como, alongamentos lentos para os principais grupos musculares. A reeducação diafragmática e da musculatura acessória também entra na lista de benefícios.
Para indivíduos com maior nível de força são indicados alongamentos ativos e exercícios de resistência, com ou sem a ação da gravidade e com número de repetições próximo ao nível da fadiga.
Exercícios para melhora do equilíbrio também estão presentes e de maneira geral o Pilates melhora a consciência corporal (uma preciosidade para os portadores de EM que lutam com suas dormências), melhora a postura e também a flexibilidade e mobilidade.
DICA: Antes de iniciar a prática é importante ir ao médico e pedir um encaminhamento que libere a prática da atividade física, este deverá ser entregue ao instrutor para ser anexado a ficha de avaliação do aluno.
Fontes:www.anem.org.pt, www.efdeportes.com Revista Digital – Buenos Aires.
Condromalácia patelar
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23/06/2011 01:36Liberacao Miofacial
22/06/2011 11:40
LIBERAÇÃO MIO FASCIAL
A Fáscia é um tecido conjuntivo extremamente resistente que se espalha através do corpo, da cabeça aos pés sem interrupção. Desde as células e as artérias, aos músculos, ossos, órgãos, etc., tudo está envolvido pela fáscia.
A Libertação Miofascial é uma técnica especializada de alongamento usada para liberar tensão e realinhar o corpo. A palavra miofascial é derivada da palavra latina “myo”, que significa músculo e “fascia” tecido.
Má postura, inflamação ou um trauma, seja ele físico ou emocional, podem ocasionar um enfraquecimento da fáscia, resultando em uma pressão excessiva sobre os nervos, músculos, vasos sangüíneos, estruturas ósseas e/ou órgãos. Possivelmente uma porcentagem grande de pessoas que sofrem com dor ou restrição de movimentos em alguns membros, possam estar tendo problemas de fáscia, porém, na sua maioria não são diagnosticados dessa forma.
1. Como os tecidos se tornam tensos.
Postura ruim, lesões físicas e várias doenças podem desalinhar o corpo e causar uma complexa teia de fascias do corpo a tornarem-se restringidas. Quando fibras musculares estão lesionadas, a fascia que cerca os músculos torna-se curta e tensa. Esta quantidade desigual de pressão sobre a fascia pode se vincular aos tecidos subjacentes que causam aderência e cicatrizes. Ao longo do tempo, estas aderências podem limitar a variedade de movimento dentro de uma articulação e causar dor e dormência através do corpo.
2. Como liberar a compressão dos tecidos.
O alongamento suave utilizado na libertação miofascial pode fragmentar a cicatriz por suavizar, expandir e realinhar a fascia. Liberar as contraturas do tecido restaurará, por fim, o equilíbrio do corpo aliviando a dor e melhorando a circulação sanguínea.
Treinamento Funcional- Core
22/06/2011 11:37Primeiro Blog
22/06/2011 05:05Nosso novo Blog foi lançado hoje. Esteja atento a ele e nós tentaremos mantê-lo informado. Você pode ler as novas postagens nesse blog via RSS Feed.
